Depois de alcançar 52% dos votos em Goiás no primeiro turno, a campanha em torno do presidente Jair Bolsonaro neste segundo turno trabalhou para aumentar a votação, principalmente em municípios que o ex-presidente Lula conseguiu ficar na frente.m municípios que o ex-presidente Lula conseguiu ficar na frente.
Assista à entrevista na íntegra:
Esse trabalho foi feito e sobre o balanço o Sistema Sagres de Comunicação entrevistou o deputado federal e ex-candidato ao Governo de Goiás, Major Vitor Hugo (PL).
“O ponto de partida da nossa campanha no segundo turno lógico foi o resultado do primeiro turno. O presidente Bolsonaro teve quase 500 mil votos a mais do que o nosso adversário, foi 52% a 39. O PL foi um partido vitorioso nas eleições de Goiás. Em 2018, o PL tinha recebido 140 mil votos e elegido apenas uma deputada federal e agora elegemos um senador, quatro deputados federais e três deputados estaduais, além de 2 milhões e 130 mil votos”, destacou.
Sobre os indecisos, ou quem votou nulo ou branco, e também quem votou no primeiro turno em Lula, Major Vitor Hugo (PL) afirmou que a campanha conseguiu virar esses votos.
“Nós viramos com certeza muitos votos. A diferença entre os dois projetos é muito clara. Para aquelas pessoas que eram mais pragmáticas, nós todos indicamos as obras e ações que o presidente Bolsonaro fez por Goiás, inclusive ajudamos fazer essa campanha no nível nacional”, ressaltou.
Qual foi o foco da campanha no segundo turno?
O ponto de partida da campanha no segundo turno foi o resultado do primeiro turno. O presidente Bolsonaro teve quase 500 mil votos a mais que o nosso adversário, foi 52% a 39%. O PL foi o grande vitorioso das eleições em Goiás. Nas eleições de 2018, o PL havia recebido 140 mil votos e elegido apenas uma deputada federal. E agora nós elegemos um senado, quatro deputados federais, três deputados estaduais e fizemos 2.130.000 votos, quase 2 milhões de votos a mais. E isso foi uma força política que está sendo canalizada, direcionada agora no segundo turno toda para o presidente Bolsonaro. Fui candidato ao governo, tive mais de 500 mil votos e essa força política minha, do Wilder, dos deputados federais e estaduais e de todos os candidatos que se apresentaram às urnas mas não foram eleitos no PL e em vários partidos aliados, estamos todos trabalhando para que o presidente seja reeleito neste dia 30. Nós quisemos num primeiro momento uma reaproximação com o governador Caiado que foi reeleito no primeiro turno, não tínhamos porque não nos aproximarmos e caminharmos juntos para trabalhar pela reeleição do presidente. Me aproximei também do Gustavo Mendanha que também tem ajudado, teve quase 1 milhão de votos e é alguém que também tem ajudado com a mobilização das pessoas que o seguem. Com isso, conseguimos nos aproximar de mais de 200 prefeitos, de milhares de vereadores e demais lideranças em diversas cidades. Mapeamos as cidades em que havia uma diferença menor para o presidente ou que eventualmente poucos municípios o adversário tinha vencido, e focamos nessas cidades e nos segmentos em que havia essa mesma característica. Focamos também nas pessoas que votaram em branco, nas pessoas que votaram nulo, nas pessoas que não votaram e nas pessoas que votaram em outros candidatos no primeiro turno. Esse número no Brasil chega a mais de 46 milhões de brasileiros.
Deu para virar algum voto durante a campanha?
Nós viramos, com certeza, muitos votos. A diferença entre os dois projetos é muito clara. Com aquelas pessoas que eram mais pragmáticas indicamos as obras e as ações que o presidente Bolsonaro fez por Goiás, inclusive ajudamos a fazer essa campanha em nível nacional. Esse foi o foco para os pragmáticos. Já com aquelas pessoas mais ideológicas nós falamos sobre aquilo que o PT sempre defendeu: a liberação do aborto, a liberação das drogas, sempre assumiu a perspectiva do criminoso e não da vítima. Eles enviaram bilhões para o exterior para financiar ditaduras socialistas e para fazerem obras faraônicas em outros países enquanto o Brasil necessitava de infraestrutura. Então, se o nosso foco era mais pragmático, mostramos as obras e ações e se era mais ideológica mostramos o que o PT sempre foi, independente da postura que o adversário tem assumido agora neste momento justamente para conseguir mais votos. Tenho certeza absoluta que vamos aumentar essa diferença de 500 mil para uns 700 ou 800 mil, e queremos chegar em torno de 70 % a adesão dos goianos ao presidente Bolsonaro.
Como foi a reaproximação com o governador Ronaldo Caiado após as críticas ao longo da campanha do primeiro turno?
Nós temos um foco agora, temos que nos unir e fizemos esse gesto, esse movimento. Não quer dizer que as divergências tenham terminado, não quer dizer que as críticas não tenham sido sinceras, elas foram sinceras. Eu espero e torço para que as críticas que nunca foram pessoais, eram críticas mais voltadas para a união. Eu falava que o governador de Goiás que fosse aliado ao presidente vai ter condições de trazer muito mais benefícios e espero que o governador se alie ao presidente Bolsonaro como tem feito agora durante o período da eleição. Então as críticas foram sinceras, mas estamos em um novo momento que é mais importante que qualquer projeto político pessoal que é a reeleição do presidente Bolsonaro para o bem do Brasil e em função disso superamos toda e qualquer divergência. E a atuação de liderança do governador tem sido muito importante, ele mobilizou os prefeitos que o apoiaram ao longo da caminhada no primeiro turno, ele ajudou a mobilizar os vereadores e está tudo certo agora. Depois de terminado o segundo turno com a vitória do presidente Bolsonaro o quadro político vai poder se reajustar e as mágoas do passado, as divergências, vão se acomodando e eu espero que cada lado cedendo um pouco e a críticas sendo costuradas, serão resolvidas a partir das ações também. Então, o nosso objetivo maior agora, o foco total é a reeleição do presidente. Quando a gente soma os votos do Caiado, do Mendanha e meus, a gente tem quase 90% dos votos de Goiás. Então, a união dos três em prol da reeleição do presidente Bolsonaro é para além da força política a ligação que o presidente já tem diretamente com o eleitorado goiano, mas potencializa ainda mais. Até porque o Caiado e o Mendanha tiveram sim muitas pessoas que votaram na esquerda e que votaram neles. Acho que, na minha composição, as pesquisas indicavam que era muito menos, a grande maioria que votaram em mim votaram no Bolsonaro, mas isso não é a relação dos outros dois. Então quando eles se posicionam e pedem votos a capacidade de virar voto do lado de lá e trazer votos para nós é maior e eu espero que isso tenha acontecido. As nossas pesquisas internas já indicam isso e nós queremos chegar até os 70% e quem sabe próximo de 1 milhão de votos a mais para o presidente aqui em Goiás e contribuir com o esforço geral de outros estados.
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