Ouça ““Vivemos uma epidemia de Dengue” afirma Secretaria de Saúde” no Spreaker.

Segundo dados do Ministério da Saúde, só em 2022, 18.408 casos de Dengue foram confirmados em Goiás, o que corresponde a 26% de todos os casos registrados no Brasil.  Dentre eles, 12 mortes são suspeitas de terem ocorrido por consequência da doença, sendo que, quatro foram confirmadas nesta quarta-feira (23) em Itaberaí, Itapaci, Inhumas e Goiânia.

Sobre o assunto, o coordenador estadual combate à Dengue, Zica e Chikungunya, Murilo do Carmo, disse em entrevista à Sagres, nesta quinta-feira (24), que a Secretaria de Saúde tem registrado casos em todo o estado e confirma a existência de uma epidemia da doença em algumas cidades.

“Sem dúvidas que há. Hoje são cerca de 70 municípios em Goiás que passam por epidemia de Dengue, com um grande aumento nos casos. De dezembro de 2021 até o momento, são quase 25 casos de mortes suspeitas que estamos investigando. Só em 2022, houve um crescimento de mais de 200% nos casos, sendo que cerca de 25 mil pessoas contraíram a doença”, revela o coordenador.

Questionado se existe um região em Goiás que esteja em situação mais crítica, Murilo afirmou que todas as áreas do estado apresentam casos, mas que em duas delas existe uma maior preocupação.

“As regiões Metropolitana de Goiânia e do Entorno de Brasília nos preocupa por terem uma quantidade maior de pessoas e ficam mais suscetíveis a contaminação. No momento, não existe uma região de Goiás especifica que apresente um maior número de casos, todas apresentam algum número, o que é muito preocupante” afirma.

O especialista disse ainda que só o combate ao mosquito não é suficiente, caso também não haja o trabalho de prevenção. Ele reforçou a necessidade de se redobrar os cuidados e ficar atentos aos sintomas que podem ser parecidos com os da Covid-19.

“Precisamos do apoio de todos. Nos preocupa muito, devido a pandemia da Covid, ter uma de dengue em paralelo. Em 2022, a secretaria já fez a aquisição de 20 carros fumacê que estão sendo utilizados em locais que apresentarem aumento nos números de casos. Fora isso, contamos com o apoio dos Bombeiros, Vigilância Sanitária e Agentes de Saúde que estão fazendo o trabalho de combate e prevenção, além da distribuição de remédios para ajudar no alívio dos sintomas”, informou o coordenador.

Confira a entrevista completa:

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