Junior Kamenach
Junior Kamenach
Jornalista, repórter do Sagres Online e apaixonado por futebol e esportes americanos - NFL, MLB e NBA

Você sabe o que é racismo estrutural?

O racismo estrutural está presente na base da sociedade brasileira, moldando relações e perpetuando desigualdades. Mas, afinal, o que significa esse termo?

Para muitos, o racismo é apenas atos isolados de preconceito, mas especialistas alertam que há um nível mais profundo e sistêmico da discriminação racial.

“O racismo é estrutural porque ele se constitui na base da nossa sociedade. Na verdade, a sociedade brasileira é estruturada a partir do racismo”, explica a pesquisadora Fátima de Freitas.

Isso significa que, mesmo sem perceber, as pessoas podem reproduzir práticas racistas, pois apreenderam a agir dessa forma desde cedo.

Impactos

Apesar de muitas vezes passar despercebido, o racismo estrutural tem impactos profundos na vida de quem o sofre. “Ele é cotidiano, é normalizado. Então, muitas vezes, pode passar por algo que envolve uma brincadeira”, aponta.

Esse fenômeno é chamado de “racismo recreativo”, conceito desenvolvido pelo professor Adilson Moreira. Segundo a especialista, esse tipo de discriminação ocorre quando falas preconceituosas são minimizadas como meras piadas.

“As pessoas vivem sistematicamente esse racismo, denunciam constantemente, e grande parte da sociedade afirma que isso é brincadeira, que isso é exagero, que isso é mimimi”, alerta.

Como combater?

Mas como combater essa realidade? O primeiro passo é reconhecer a existência do racismo estrutural e seu impacto.

No entanto, apenas a conscientização não é suficiente. “Se a gente atua numa empresa, é necessário pensar ações de promoção de igualdade nessa empresa. Se a gente atua numa escola, numa universidade, é preciso repensar nossas práticas educacionais”, defende Freitas.

No ambiente familiar, essa reflexão também é essencial para desconstruir estereótipos e promover uma educação antirracista.

Para a especialista, o combate ao racismo estrutural exige uma mudança ativa na sociedade. “Pode até ser comum, mas o racismo nunca será normal”, finaliza.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 10 – Redução das Desigualdades

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