Desde a saída do Júnior Brandão no meio da Série B do ano passado, o Atlético vem sofrendo com a posição de centroavante. Na época, o técnico Claudio Tencati “improvisava” Renato Kayzer na posição até Thiago Santos, contratado junto ao Paraná, se recuperar de lesão.

No entanto, mesmo recuperado, não conseguiu atender as expectativas da diretoria rubro-negra e terminou o ano com apenas dois gols marcados. Em 2019, o “problema” persistiu e Thiago começou a ser cobrado. O atleta deixou o clube há duas semanas tendo balançado as redes apenas uma vez.

Mesmo não conseguindo firmar um camisa 9 de origem, o Atlético ainda tem o segundo melhor ataque do Campeonato Goiano com 12 gols marcados. Contudo, apesar dos números, o técnico Wagner Lopes admite que está precisando de um atleta com essas características.

Wagner Lopes (Foto: Paulo Marcos/Ass ACG)

“Está fazendo falta. Não só o Wagner, mas todos os treinadores da Série A, B, C e D, todos os treinadores do mundo querem um “9”, um referência que faça gols, que do jeito que a bola bater nele, ele vai fazer o gol. E faz falta. Nós temos jogadores de beirada muito bons, temos jogadores nas laterais com muito potencial, mas não só o Atlético, todo clube no Brasil e no mundo busca um camisa 9 artilheiro”.

Ex-jogador, Wagner era centroavante e sabe bem o que um atleta desta posição precisa ter dentro de campo.

“Você ser competitivo é uma característica muito importante para o atleta que é o referência, ‘centravantão’ que está ali para ‘brigar’, tomar ‘porrada’. Eu espero que ele incomode os dois zagueiros, que ele tem mobilidade e como a gente brinca no futebol, que ele “dê de mão’ nos dois zagueiros. Eu quero atacante competitivo, cruzou na área ele tem que estar ali, e é essa a orientação que eu passo para o Pedro Raúl”.

O atacante citado pelo treinador tem apenas 22 anos e estava no Vitória de Guimarães de Portugal. Ele chegou, se lesionou durante um treinamento e, recuperado, fará sua estreia com a camisa rubro-negra diante da Aparecidense nesta sexta-feira (22).

“Eu espero que ele resolva esse nosso problema, é uma expectativa. Ele ainda tem a questão da adaptação, jogou muito tempo na Europa e não é apertar um botãozinho, não é simples assim. A gente espera que ele faça uma boa estreia. Eu sinto que o grupo o abraçou, tá apoiando, gosta dele. O Raul é um cara que ‘briga’ nos treinos, que vem dando um bom feed back, então a gente espera que tudo ocorra bem”, destacou o treinador.

Esta partida contra o Camaleão é, inclusive, tratada como fundamental por Wagner Lopes. O Atlético vem de derrota para o Goianésia e na próxima terça-feira (26) tem jogo decisivo pela Copa do Brasil contra o Atlético Cearense.

“É uma partida muito importante, é o jogo mais importante da nossa vida. O próximo jogo sempre vai ser o mais importante da nossa vida e eu passo isso para os atletas. O corpo do atleta é a máquina de ganhar dinheiro dele e quando ele coloca na vitrine que é o jogo, é onde ele precisa dar retorno, onde ele mostra que merece estar aqui. Então é um jogo muito importante, a gente respeita a Aparecidense, foi um jogo dificílimo no primeiro turno, mas nós vamos muito concentrados para dar uma resposta positiva para o torcedor, principalmente porque estaremos na nossa casa e pela grandeza do clube”.