O Sagres Em Tom Maior #298 apresenta nesta terça-feira (29) o terceiro episódio da série Caminhos da Sustentabilidade sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 8 (ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico) da Agenda 2030 da ONU. O tema de hoje se baseia na meta 8.3 deste ODS, que incentiva a formalização e o crescimento de micro, pequenas e médias empresas. O professor e especialista em Economia, Luiz Carlos Ongaratto, esclarece a importância deste setor para a economia.

“Apesar de elas não serem um grande montante de transações econômicas, porque temos grandes empresas no Brasil, elas são responsáveis pela geração de mais de 90% dos nossos empregos. Então elas têm um papel muito importante tanto no desenvolvimento econômico como em questões de igualdade social, empregabilidade de trabalho decente e de alavancagem setorial”, afirma. Confira a seguir no STM #298

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Políticas de produtividade

Em Goiás as micro, pequenas e médias empresas que registram faturamento bruto anual de até R$ 16 milhões terão R$ 748 milhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) até o final de 2021. A nova medida já está em vigor e tem como objetivo pulverizar o crédito para que os recursos do fundo federal cheguem ao maior número de empreendedores goianos.

“É dentro delas [micro, pequenas e médias empresas] que estão os empregos. Então elas têm um papel importante dentro da empregabilidade, daquela microeconomia quando se fala de um setor específico. Quando a gente fala em fomentar, em ter políticas, a gente fala não apenas na abertura de empresas, mas também da sobrevivência delas, porque não é interessante que esses negócios morram, fiquem pequenos para sempre. É interessante que eles capacitem, se profissionalizem e cresçam e, automaticamente, esse crescimento tem muito mais capilaridade, mais presença no nosso dia a dia do que o crescimento, por exemplo, de uma grande multinacional, em que nem sempre os lucros ficam reinvestidos dentro do nosso país”, avalia.

Ainda segundo Ongaratto, mais do que gerar empregos e recursos para a comunidade local, as micro, pequenas e médias empresas estão entre as que mais investem em capacitação para o mercado de trabalho.

“Ela é capaz de ser o primeiro emprego, de dar oportunidades para aquelas pessoas dentro de uma comunidade específica, é capaz de transformar a vida daquelas pessoas. E também é capaz de ensinar. É o tipo de empresa que dá mais oportunidade para o cidadão brasileiro. Por outro lado, ela também precisa se capacitar, por isso existem os programas de capacitação que são específicos, tanto de capacitação tecnológica como empreendedora e gerencial”, pontua.