O deputado federal e ex-líder do presidente Bolsonaro na Câmara Federal, Vitor Hugo (PSL/GO) adota discurso oficial pela manutenção da busca por assinaturas com o objetivo de criar o novo partido Aliança Pelo Brasil, como reforçado em entrevista exclusiva à Sagres TV nesta tarde desta quarta-feira (02).
No entanto, o parlamentar admite que ao menos quatro partidos iniciaram disputa pela atenção do presidente, desde que Bolsonaro admitiu, em resposta a uma apoiadora na porta do Palácio da Alvorada, as dificuldades para se criar um partido e disse que apresentará uma “nova opção” até março de 2021, caso a nova legenda não seja oficializada até lá.
O prazo para filiação com vistas à disputa da reeleição vai até o abril de 2022. Vitor Hugo aponta que partidos como Patriota, Progressistas (PP), PTB e Republicanos têm orbitado as relações do presidente, sendo que o último mostra mais proximidade, já que abriga dois filhos do presidente.
O vereador no RJ, Carlos Bolsonaro, e o senador Flávio Bolsonaro. “O presidente está tomando as rédeas desse processo diretamente e tem feito isso com muito cuidado e com muito sigilo”, conta Vitor Hugo.
Empecilho
Apesar da proximidade com o presidente, a presença dos filhos 01 e 02 já causa conflitos internos no Republicanos. O presidente nacional da sigla, deputado Marcos Pereira (SP) afirmou na última semana que “o principal empecilho (para filiação do presidente) passa por essa questão de eles quererem comandar o partido do jeito deles, vetar pessoas. Não vetamos ninguém”, disse.
Pressão
Sobre as pautas na Câmara Federal, Vitor Hugo não dá bons sinais sobre a aprovação de novo projeto que estabeleça um Plano de Equilíbrio Fiscal, buscado por Goiás, já que a suspensão do pagamento de dívidas com o governo federal só vai até 31 de dezembro, de acordo com a última liminar obtida pelo estado no STF.
Paliativo
O ex-líder bolsonarista reconhece que a pauta é importante para Goiás e que os parlamentares da bancada goiana pressionam para a aprovação, mas que matérias mais complexas dificilmente serão votadas neste ano. E ainda que os deputados tentam, com emendas, “amenizar” as dificuldades financeiras para investimentos. Ele próprio afirma terminar o ano com mais de R$ 135 milhões empenhados.
Meio termo
Depois da indicação de Iris Rezende pela liderança de Daniel Vilela no processo de passagem da atual gestão para a de Maguito Vilela e as declarações com busca por protagonismo do vice-prefeito eleito Rogério Cruz, a decisão de comum acordo foi pela coordenação oficial de Agenor Mariano, na comissão de transição.
Vitimização
O deputado estadual Vinícius Cirqueira culpa a direção do PROS pelas irregularidades contábeis que tem resultado na cassação de seu mandato, por decisões da Justiça Eleitoral. Segundo ele, a contratação e pagamento de cabos eleitorais na eleição de 2018 foi realizada pelo partido, assim como o registro equivocado em sua prestação de contas da campanha.
Tem prazo
O deputado entrará com recurso, depois da liminar de ontem do ministro Alexandre de Morais, em busca de avaliação pelo pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Enquanto isso, Vinícius Cirqueira continua no mandato.
E os outros?
Avaliação do parlamentar é de que, como os erros teriam assinatura do partido, toda a chapa deveria cair, ou então que só o partido fosse punido, sem afetar os atuais mandatos. Até porque, segundo ele, outros candidatos, inclusive os eleitos Cairo Salim e Rubens Marques, e o primeiro suplente, Sérgio Bravo, teriam se utilizado de alguns dos 385 cabos eleitorais contratados e pagos de forma irregular pelo PROS.
