A independência do Brasil é um marco histórico celebrado em 7 de setembro. Desde 1946, por lei federal, a data é feriado nacional. Nesse dia, porém em 1822, Dom Pedro I deu o “grito às margens do Ipiranga”. O episódio corresponde ao fim do domínio português sobre o Brasil, principalmente nas relações econômicas e políticas.
Por trás desse evento épico, no entanto, há algumas curiosidades. Uma delas é o tempo que o Brasil demorou para ter reconhecida a sua independência, principalmente por Portugal. Separamos algumas a seguir.
Mula
Uma destas curiorisidades refere-se exatamente ao Grito do Ipiranga. Ao contrário do que muitos imaginam, Dom Pedro I o proferiu às margens do rio montado em uma mula.
Isso porque, ao contrário de um cavalo imponente e majestoso, o animal tinha maior adaptação às condições da viagem. O ato heroico desencadeou uma nova trajetória de liberdade para o Brasil.
Maria Quitéria
Outra curiosidade é a história de Maria Quitéria de Jesus. A militar baiana lutou na Guerra da Independência do Brasil. Disfarçada de homem, ela se alistou no exército e se destacou por sua coragem no campo de batalha.
A determinação de Maria Quitéria a levou a lutar ao lado dos soldados brasileiros contra as forças portuguesas, desafiando os padrões da época. A baiana é um símbolo inspirador de como os indivíduos se uniram, independentemente de obstáculos, para alcançar um objetivo maior.
Diversidade
Poucos sabem, mas as comunidades indígenas e afro-brasileiras também lutaram durante a busca pela independência. Eles integraram as forças nacionais, fornecendo suporte logístico e no combate em batalhas cruciais.
Tal história reforça a existência da diversidade da nação recém-nascida, o que desafia as narrativas tradicionais que minimizam sua influência.
Além disso, jornais e panfletos da época foram instrumentos heroicos de informação e mobilização. Os veículos foram fundamentais para espalhar ideias independentistas e fortalecer a chama da liberdade.
União
Uma nação inteira atuou em conjunto para conquistar a independência. No fim das contas, o Brasil teve de indenizar a Coroa portuguesa. No tratado que reconheceu a independência brasileira, ficou estabelecido que o governo tupiniquim deveria pagar uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas para Portugal aceitar a derrota.
Demora
De acordo com historiadores, nenhum jornal da época noticiou imediatamente o “Grito do Ipiranga” em 7 de setembro de 1822. As primeiras notícias do evento, contudo, só surgiram a partir de 12 de outubro, quando Pedro I foi proclamado imperador do Brasil.
“As comunicações eram lentas, e cá em Portugal os liberais não sabiam o que se estava a passar no Brasil. E no Brasil a mesma coisa, não se sabia que estava a passar em Portugal. As viagens eram demoradas. Podiam demorar 2 meses, às vezes mais, outras vezes menos. Dependia dos ventos ou do que encontravam pelo caminho”, afirma o pesquisador português José Manuel, à Agência Brasil.
Os Estados Unidos, porém, foram o primeiro país a reconhecer a Independência do Brasil, em 1824. O primeiro registro escrito, entretanto, foi relatado quatro anos depois, em 1826, pelo padre Belchior Pinheiro Ferreira, que era conselheiro de Dom Pedro e foi testemunha ocular do evento.
Leia mais
Primeiro de Goiânia, Cemitério Santana preserva memórias
Gastronomia e identidade cultural: festival celebra o regionalismo no Tocantins
Museu Frei Confaloni apoia Virada Amazônia de Pé com exposição gratuita