Uma operação envolvendo as forças de segurança do Estado e também o Ministério Público de Goiás (MP-GO) foi lançada, nesta sexta-feira (9), pelo governador Ronaldo Caiado. O objetivo é coibir, durante o feriado de 12 de Outubro, Dia da Padroeira do Brasil, aglomerações e desobediência aos protocolos de prevenção à Covid-19 que foram percebidas nas cidades turísticas durante o fim de semana prolongado de 7 de Setembro.
Aumento do efetivo da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros, além de recomendações para que os municípios façam valer as restrições dos decretos municipais estão entre as medidas previstas pela ação. Durante discurso, o governador Ronaldo Caiado relembrou as mais de 5 mil mortes provocadas pela Covid-19 no Estado.
“Nós estamos hoje com 5.079 óbitos e a ocupação dos leitos está com um fluxo menor, mas toda vida para nós é importante”, afirmou.
Caiado defendeu o direito das pessoas se divertirem, desde que de forma consciente. “O Estado está se recuperando e vai se recuperar. A nossa vontade de se divertir é válida, mas de uma forma que não sejamos vetores de disseminação do vírus.”
Os principais destinos turísticos de Goiás estão entre os alvos da Operação que também contará com reforço nas rodovias. Cerca de 350 policiais militares e 80 integrantes do Corpo de Bombeiros vão se juntar ao efetivo atual nas cidades de Alto Paraíso, Aragarças, Aruanã, Britânia, Buriti Alegre, Caldas Novas, Pirenópolis, São José dos Bandeirantes e São Simão, além dos distritos de Itacaiú e Luiz Alves.
Segundo o governo, as forças de segurança do Estado vão atuar de forma colaborativa com os municípios. O secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, afirmou que a atuação dos policiais militares será percebida já a partir das barreiras sanitárias que devem ser montadas.
“Em princípio as polícias vão tentar fazer uma conscientização e explicar a situação que estamos vivendo. Caso contrário podem lavrar um termo circunstanciado e em casos piores até encaminhar a uma delegacia”, esclareceu.
Sobre a atuação do Ministério Público na força-tarefa, o procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Flávio Vechi, revelou que as ações estão sendo realizadas em conjunto com as prefeituras.
“Os decretos (municipais) dispõem sobre multas e até fechamento temporário dos estabelecimentos que violarem os protocolos sanitários. Aliás, também temos outro instrumento mais grave, que é o que menos queremos usar, que é a apuração de conduta criminal por auxiliar a disseminação de doença a população”, explicou.
Outros órgãos estaduais como a Goiás Turismo e ainda a Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR) também participam da força-tarefa que vai se estender até a terça-feira (13).
