Nesta quinta-feira (22), se inicia a 1ª Feira de Livros de Rita Lobato, organizado pela Primavera Editorial e de forma on-line. O evento está ligado ao Outubro Rosa e visa celebrar a produção editorial feminina. Para falar sobre esse assunto, a coordenadora da feira, Giovana Pires, foi uma das convidadas do programa Sagres em Tom Maior, desta segunda-feira (19).

“A 1ª edição da feira começa com certeza com uma grande vontade de discutir assunto que tragam qualquer autoconhecimento para as pessoas que se identificam como mulher. A ideia também veio para substituir alguns eventos que não aconteceram este ano, por causa do momento que estamos vivendo”, comentou Giovana.

De acordo com a coordenadora, os livros e temas escolhidos para o evento não são de ficção e literatura, mas que abordam principalmente gênero e trazem uma representatividade real de diversos tipo de mulher.

“A nossa feira traz várias perspectivas do que é ser mulher e o que compõe essa pré-disposição que a gente tem na sociedade. Nós escolhermos editoras que tivessem no catálogo essas informações e acessibilidade para as pessoas”, acrescentou.

Além disso, o evento on-line é uma homenagem à Rita Lobato, primeira mulher formada em Medicina no Brasil, em outubro de 1887. Sendo assim, graduou-se cinco anos depois do decreto que permitia às mulheres a frequentar a uma universidade e ter diploma.

“Ela foi matriculada pelo pai na Universidade Federal do Rio de Janeiro e naquela época, enfrentou muitas dificuldades. Ela [Rita], foi muito mal recebida pelos colegas e professores, e devido a alguns conflitos, foi convidada a se retirar da faculdade. Mesmo assim, ela nunca desistiu”, salientou Giovana Pires.

A feira terá início na quinta-feira (22), e continuará nos dias 26, 27 e 28 de outubro. Para saber da programação completa, basta acessar o site do evento, Feira Rita Lobato. 

Confira a entrevista na íntegra no programa Sagres em Tom Maior #122

Mariana Dias é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o IPHAC e a Unialfa sob supervisão do jornalista Johann Germano