A presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems-GO), Verônica Savantin, explicou à Sagres 730 nesta sexta-feira (22), a situação de municípios goianos que iniciaram a vacinação contra covid-19 em desconformidade com o Plano Nacional de Imunização. A presidente do Cosems-GO afirmou que não faltou informações sobre o plano de vacinação.
“Uniformidade não faltou e também não acredito que tenha sido por má intenção do gestor municipal, foi questão de organização mesmo, da logística e estratégias, mas os gestores devem seguir os atos normativos”, afirmou. Verônica ressaltou que os critérios da campanha de vacinação, que determinou como os grupos prioritários, profissionais de saúde que atuam no combate à covid, idosos e pessoas com deficiência que vivem em abrigos e asilos, e indígenas aldeados, devem ser seguidos à risca.
Anápolis é uma das cidades goianas que decidiram adaptar o Plano Estadual de Vacinação de Goiás e ampliar a imunização para idosos que não estão em abrigos de longa permanência. Verônica Savantin destacou que além de Anápolis, Senador Canedo e Trindade priorizaram a vacinação em idosos. Para ela, isso pode gerar um transtorno futuro. “As doses são distribuídas por percentual, a partir do momento que não segue aquele percentual, as próximas remessas, que são distribuídas por grupos, podem não ser suficientes e um grupo lá na frente pode ficar sem ser imunizado”, afirmou.
De acordo com a presidente do Conselho, promotores do Ministério Público estão abrindo processos e investigando a conduta e a intenção dos gestores municipais que descumpriram os critérios do Plano Nacional de Imunização. “Promotores do Ministério Público estão abrindo processos e investigando qual foi a conduta e a intenção, se teve um desvio de vacina, o que não estamos vendo que aconteceu”, disse.