Confirmado na secretaria-geral do Patriota nacional por nova decisão da Justiça do Distrito Federal, Jorcelino Braga traça metas do partido para a eleição de 2022 e aponta que vai buscar união da oposição ao governador Ronaldo Caiado, com exceção do PSDB, claro. O presidente regional da sigla usa a lógica para analisar que a divisão dos candidatos de oposição favorece quem está no poder e que, independente dos projetos nacionais dos partidos, é preciso trabalhar pela unidade.
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“É evidente que esse projeto está muito longe ainda, mas se tiver mais de um candidato pela oposição em Goiás, beneficia quem está no poder. Nós já vimos essa história, porque você racha os votos da oposição. Dentro disso, a oposição vai colocar seus nomes como estão aí o Gustavo Mendanha (MDB), o Jânio (Darrot, do Patriota) e outros que quiserem se apresentar e vamos trabalhar. A ideia é tentar viabilizar um nome e fazer uma aglutinação da oposição lá na frente”, acredita.
Questionado sobre a real viabilidade da proposta, Jorcelino Braga considera que será buscada a “união possível” entre os opositores e que “a eleição nacional, na maioria das vezes, não tem interferência em Goiás”. Segundo ele, diferente de 2018, quando havia o sentimento de mudança e um forte candidato de direita à presidência, agora o eleitor espera uma candidatura de centro, mais equilibrada.
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Sem tucanos
Apesar de defender a união, Braga rejeita a possibilidade de composição com o PSDB, que volta a aventar candidatura de Marconi Perillo para disputa proporcional ou até majoritária. Depois de divergências históricas, o presidente do Patriota exclui os tucanos das articulações.
Passado presente
“Esse assunto é um assunto que o Patriota não fará. O Patriota tem essa história, a minha história. Isso já é passado e é lógico que mudou muita coisa, mas o Patriota não tem essa predisposição de conversar com o PSDB. “(…) É, cada um que siga com seu caminho. Essa é minha visão”, responde Braga à Coluna.
De volta
Em âmbito nacional, decisão da Justiça do Distrito Federal impôs nova derrota ao presidente afastado do Patriota, Adilson Barroso, e mantém Ovasco Resende na direção, com Jorcelino Braga na secretaria-geral. Depois de duas decisões negativas, Adilson pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Pelo centro
Depois do imbróglio, tanto Adilson quanto Ovasco já descartam a possibilidade de filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Patriota. O partido estabelece que vai conversar com todos os nomes que se posicionem no centro para a disputa ao Palácio do Planalto no próximo ano.
Fidelidade
O governador Ronaldo Caiado (DEM) ao registrar a presença do deputado estadual Amilton Filho (Solidariedade) em evento da Saneago em Anápolis, agradeceu aos deputados que, como ele, mesmo com votações polêmicas, se mantiveram sempre na base governista. O governo inaugurou estação de tratamento de água e estruturas operacionais da estatal, com investimento de R$ 14,2 milhões.
Base ampla
“É com a sua participação que hoje conseguimos uma base com 28 deputados na Assembleia”, comemorou o governador no mesmo dia em que a Alego voltou aos trabalhos para o segundo semestre depois do recesso parlamentar. Antes, os governistas fiéis não somavam mais que 23 nomes, dos 41 deputados estaduais.
Adesão
No mesmo evento, em Anápolis, Caiado teve a efetiva adesão do deputado federal delegado Waldir (PSL), que estava afastado desde 2019, quando anunciou ingresso na oposição por “ingratidão” do governador e falta de espaços do PSL na administração. O delegado discursou em outro tom, cheio de elogios ao governador.

Equivalentes
Reportagem do Globo Esporte mostra que, em meio à crise política, a direção da CBF mais do que dobrou o valor dos pagamentos a presidentes de federações estaduais de futebol. Então vem a semelhança: “Presidentes de federações = centrão”, concluiu o jornalista esportivo goiano Vinícius Moura, no twitter. É.