Depois derrota na última noite em votação no plenário da Câmara dos Deputados, o líder do PSL, deputado major Vitor Hugo, afirmou que o discurso a favor da proposta não termina com a negativa. Segundo ele, a pressão exercida antes e durante a última votação vai agora ser dirigida a dois novos objetivos: ao Senado, para desenterrar uma PEC aprovada pela Câmara em 2015 com o mesmo conteúdo e que está engavetada, e na própria Câmara, onde a base bolsonarista tenta a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as urnas eletrônicas.
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Na ocasião, o texto aprovado há seis anos pelos deputados incluía diversos tópicos relacionados a eleições e previa que “no processo de votação eletrônica, a urna imprimirá o registro de cada votação, que será depositado, de forma automática e sem contato manual do eleitor, em local previamente lacrado”. Quando chegou ao Senado, a PEC acabou desmembrada, e só um trecho, o que criava uma janela para o troca-troca partidário sem perda de mandato, foi votado. Os outros foram enterrados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Uma das possibilidades para destravar a questão seria promover um novo desmembramento da mesma PEC de 2015 e desenterrar o trecho que trata do voto impresso, para ser levado à deliberação tanto na CCJ quanto no Plenário do Senado. A questão é que tudo isso dependeria da presidência da CCJ, ocupada pelo ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP), que segue Rompido com o Planalto. Não à toa, uma das metas do novo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, é trabalhar pela reaproximação com Alcolumbre, com atenção às “demandas do senador, com emendas ou apoio eleitoral no próximo ano”.

Eleição mantida
A direção do PMN decidiu desistir dos processos que buscavam impugnar a chapa do MDB, encabeçada por Maguito Vilela, na disputa a prefeito de Goiânia em 2020. A ação também tinha como objetivo cancelar a expedição do diploma de Maguito, que tomou posse ainda internado em São Paulo. Os pedidos de desistências dos processos foram acatados pela Justiça Eleitoral.
Reconciliação
A decisão do partido, que agora adota o nome “Mobilização Nacional” ocorreu em reunião do diretório estadual em que a legenda definiu como meta o fortalecimento para a eleição de 2022. Os processos dificultariam um diálogo com outras siglas, inclusive o Republicanos, do prefeito de Goiânia Rogério Cruz.

A propósito
Ao defender investimentos no projeto de “Cidade Inteligente”, o prefeito Rogério Cruz disse que a intenção da gestão “não é mostrar resultados daqui dois anos ou no final do mandato”. “Estamos trabalhando agora. (…) Não viemos aqui para brincar de ser prefeito ou secretário.”, afirmou.
Valores
O Programa “Goiânia em Nova Ação da Cidade Inteligente” cria o Comitê Gestor (CGPGNA) que terá investimento de R$ 2 bilhões entre os anos de 2022 e 2025, com previsão de obras e serviços públicos no valor de R$ 478 milhões no próximo ano.

Cassação
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) teve unanimidade para cassar o diploma de deputado federal Alcides Ribeiro (Progressistas). A denúncia do Ministério Público Eleitoral aponta captação e gasto ilícito de recursos eleitorais na campanha de 2018. O deputado teria omitido gastos, já que não apresentou documentos e dados sobre todas as despesas feitas com verbas do fundo eleitoral, além de suspeitas de mau uso dos recursos e pagamento repetido de despesas.
Confusão
O advogado de Alcides, Wallace Braz Francisco, apresentará recurso e alega: “O que houve foi uma confusão no envio da prestação de contas e da análise. Houve uma série de erros que coincidentemente levaram a esse entendimento. Temos certeza que vamos reverter isso no TSE”.

Confira o episódio anterior: Câmara inicia tramitação de Taxa do Lixo, enquanto busca critérios para cobrança