O secretário de Cidadania e Trabalho do governo de Goiás, Henrique Arantes, rebateu as contestações do Ministério Público Estadual que motivaram o promotor de Justiça Alexandre Mendes Vieira a propor ação contra o Estado e a pasta. No pedido, ele argumenta que há “omissão e ineficiência deste órgão em relação à gerência e manutenção das unidades de internação de Goiás”.
O promotor pede liminarmente o afastamento do secretário Henrique Paulista Arantes e a consequente nomeação de novo gestor para a pasta.
“Ineficiente não é. Nós herdamos uma estrutura falida e estamos fazendo o melhor que a secretaria pode”, argumentou o secretário, à repórter Izadora Louise.
“Ele questiona a questão do transporte. Nós temos. Também questiona o fornecimento de remédios e na verdade temos. Houve só uma falha do orçamento, que era do Fundo Rotativo e agora já conseguimos o empenho disso para voltar a comprar”, explicou.
O secretário assegurou que os reparos nas unidades, também questionados pelo promotor, são feitos constantemente. Ele admite dificuldade de orçamento, que era oriundo do Fundo Rotativo que estava suspenso, mas garante que já há orçamento empenhado.
Outro ponto questionado pelo promotor é a falta de material de limpeza e higiene pessoal. “Já temos um processo de licitação correndo, eu não posso simplesmente chegar, comprar e levar para as unidades. A burocracia demanda e a lei exige que seja feita licitação”, rebate o secretário.
Henrique Arantes afirma que, assim que tiver acesso ao real teor da ação, irá recorrer. “Ele protocolou o pedido para que o Juiz analise. Ele vai ver essas questões e acredito que vai indeferir porque já estamos com quase tudo resolvido. O Estado vai recorrer e a Secretaria entende que não há falha nessas questões”, finaliza.