O juiz da 11ª Vara Federal condenou o português Carlos Manuel a quatro anos e seis meses por tráfico de pessoas e formação de quadrilha. Além dele, outras sete pessoas foram condenadas pelo mesmos crimes.
Em maio de 2005, eles foram descobertos através das investigações da Polícia Federal na Operação Castanhola.
O procurador da República Daniel de Resende Salgado comemorou o êxito. “Conseguimos uma condenação de um traficante de primeiro grau, o financiador do tráfico humano que se encontra no exterior, o que, no geral, é muito difícil. Foi uma vitória no enfrentamento ao grave problema do tráfico humano”.
Apesar de considerar positivo a condenação, o Ministério Público Federal deve recorrer da decisão, pedindo o aumento da pena.
De acordo com a denúncia, feita pelo MPF/GO em 2005, Neiva Inês Jacoby encaminhava ao exterior, geralmente para Sandra de Paula Dias ou Carlos Manuel Gonçalves Garcia (braços financeiros da organização criminosa na Espanha e Portugal), mediante o recebimento de uma comissão. Assim, quando as garotas estavam com seu passaporte pronto, contactava Thaís Ramos da Silva, funcionária da agência de Turismo Transamérica, que marcava suas passagens, definia as melhores e menos visadas rotas áreas (geralmente saindo de Brasília, com escala em Salvador e em direção a Madrid) e reservava hotel no exterior para que as garotas transparecessem turistas, desmarcando a reserva quando conseguiam passar pela fiscalização.
Com informações do MPF/GO