Chegando aos 24 dias de greve e dez de ocupação do plenário da Câmara de Vereadores, os professores da rede municipal de Educação de Goiânia continuam rejeitando a proposta do prefeito Paulo Garcia por falta de cumprimento do acordo.

Segundo o coordenador do Comando de Luta, Antônio Gonçalves, o documento recebido da Prefeitura não possuía todas as propostas que haviam conversado. “O papel a ser apresentado aos trabalhadores, a partir da reunião realizada na terça-feira (15), trazia questões diferentes do que queremos, que ficaram ambíguas e abstratas, como a gratificação de regência dos professores. Nós queremos que ela seja incorporada à aposentadora, mas o texto dizia que poderá ser incorporada”, diz o coordenador.

Ao fim da assembleia, os professores fizeram uma passeata pelas ruas do Centro de Goiânia na quinta-feira (17) e fecharam os dois sentidos da Avenida Independência, chegando até a queimar pneus.

De acordo com o professor Renato Regis, a paralisação não tem previsão para acabar e demonstra sua insatisfação. “Queremos um documento que seja claro. Ficou afirmado na reunião que teríamos a assinatura do prefeito Paulo Garcia. No entanto, o papel recebido era uma carta de intenções apenas com uma rubrica sem identificação. Além disso, o prefeito deve esclarecer os pontos que entramos em acordo”, explica o professor. Renato diz que assim que o documento esperado chegar às mãos dos manifestantes será analisado e decidido se haverá ou não nova assembleia.