A maior tragédia da história do futebol brasileiro. O avião que levava a Chapecoense para Medellín, onde disputaria a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional na próxima quarta-feira, caiu a 50 quilômetros da cidade colombiana, a princípio, por causa de uma falha elétrica. Entre as 81 pessoas estava o cinegrafista Ari Junior, goiano e doente pelo Goiás Esporte Clube como relatou o jornalista, amigo e irmão de vida, Téo José.

teo e ari juntos

– Eu perdi um irmão, eu e o Ari começamos juntos na TV Serra Dourada. Ele era assistente de câmera, eu repórter, estava começando minha carreira na televisão. Nós realizamos muitas matérias de automobilismo juntos, viajamos também, ele era um torcedor fanático do Goiás. Em algumas vezes, eu estava em algum lugar trabalho aí toca o telefone era ele, eu dizia que estava no ar e ele só falava que o Goiás estava em uma fase ruim. Era um doente pelo clube, já foi até preso na torcida esmeraldina, jogou chinelo em jogador. Nós crescemos juntos, ele por um lado e eu por outro. O Ari era o melhor repórter cinematográfico do Brasil – declarou Téo.

Leia mais: Times goianos se solidarizam com tragédia da Chapecoense

Assim como todos, a notícia sobre o acidente pegou de surpresa o narrador da Rede Bandeirantes. Téo explicou à 730 como aconteceu os primeiros minutos após ter conhecimento sobre o acidente e como ficou sabendo que o cinegrafista estava entre os passageiros.

print conversa teo e ari– A segunda-feira pra mim é sempre um dia de folga, eu liguei pra ele e achei estranho porque ele não atendeu. Aí pensei, o Ari está dormindo cedo hoje? Passou e durante a madrugada eu ainda estava acordado e vi a primeira notícia sobre o time da Chapecoense, fui buscando novidades e apareceu a relação dos jornalistas. Eu sabia que tinha o pessoal da Fox Sports, grandes amigos e vi o nome do Ari Junior. Não acreditei, liguei para o Pedro Bassan e questionei sobre a ida dele para Colômbia. Após alguns minutos ele me confirmou. Pedi para dar uma força para esposa, que está no Rio de Janeiro que do lado de Goiânia eu iria ajudar. Eu perdi um irmão, estou destruído – concluiu.

Ouça a entrevista concedida por Téo José:

{mp3}Podcasts/esporte/teo_jose_29_11{/mp3}