Vista da praia de Castelhanos, em Ilhabela-SP (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Vivemos em um mundo que é estagnado a dizer que poucas coisas podem ser feitas estando sozinha. Viajar é uma delas. Crescemos numa sociedade que, para que uma viagem seja completa e maravilhosa, é necessária uma companhia. Pra valer a pena, só com alguém especial do lado. Mas é aí? O que fazer quando as férias não coincidem com as do seu namorado, marido, filhos, pais ou amigos? Vai ficar em casa, bitolado no padrão que pra viajar precisa alguém do lado? Olha só, pega aí minha dica. 

Sempre concilio as minhas férias da Rádio e TV pra conseguir viajar. Porém, não é possível conciliar com as dos meus amigos e nem com as da minha mãe. Nem por isso deixo de ir, de conhecer novos roteiros, romper paradigmas. De 30 dias, 25 estou/estarei em viagem. E o melhor, sozinha! Em 3 Estados, várias cidades, umas turísticas, outras pacatas e uma a maior potência brasileira. Ah, mas e aí Luciana – você deve estar me questionando agora! -, você ia e ficava no hotel? Não, eu fui/vou ao hotel somente pra banho e pra dormir. Eu conheci gente quase que do Brasil inteiro. As pessoas me abordavam e questionavam se estava mesmo só. E sobre como eu era corajosa. 

A coragem faz parte, mas também pesam o amor próprio e saber que só a sua companhia basta. É bom estar só com você mesma! E sabe o que é melhor ainda? Conhecer pessoas, conversar, desbravar culturas. Calma que eu vou te ensinar! 

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Pôr do Sol nas dunas de Jericoacoara-CE (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Escolha um destino, se programe, faça as suas malas, procure uma agência de viagem segura no seu roteiro, programe o passeio para o primeiro dia. Pronto! No passeio, converse, se solte, faça amizades. Troque experiências. Foi assim que aconteceu comigo. Em Ilhabela conheci uma turma maravilhosa, parceira e muito divertida. No Ceará, encontrei dois corajosos assim como eu: o Juan e a Fernanda. Eles que saíram do Rio de Janeiro e de Curitiba, respectivamente, também sozinhos pelo mesmo motivo que eu. O Juan foi até um pouco mais ousado, fez vários estados, cidades e ainda de ônibus. Durante o passeio trocamos experiências, medos e sentimentos, passada a ansiedade de viajar sozinho pela primeira vez. Dá medo? Dá sim! Uma espécie de adrenalina, mas nada que não passe bem rápido. No segundo dia, um outro passeio, conheci a Jacqueline, também do Rio e também sozinha no paraíso de Jeri. Através da Jac conheci a Laís, minha vizinha, mora em Brasília. Pela Laís, conheci o Bruno que é de São Paulo e está no mundo há 3 meses mochilando (já disse a ele, essa é minha meta de vida). Até o Bruno sentiu um frio na barriga, mas ele também tem experiências incríveis. 

E, além dos passeios, como você fazia nas festas Luciana? Eu fui em grandes festas sozinha, tanto em São Paulo como em Fortaleza. Eu sentava na mesa sozinha. E aí? Qual o problema? Lembra da parte de desfrutar a minha própria companhia.

O que eu posso dizer é que vale a pena! A vida é muito curta pra gente perder tempo esperando conciliar agendas. Viva! Em nenhum momento bateu desespero, choro ou tristeza por estar só. Se der medo, vai com medo mesmo. Tenho certeza que é apenas um shot de adrenalina. Tente e depois me conte como foi a sua experiência!

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Com os ‘migos’ na praia de Jericoacoara-CE (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)