(Foto: Carlos Costa / Divulgação)

Servidores estaduais protestaram contra o atraso do pagamento de salário de dezembro na sessão solene de abertura da Assembleia Legislativa nesta sexta-feira (15). Durante discurso do governador Ronaldo Caiado (DEM) os servidores vaiaram e gritaram palavras de ordem como “paga dezembro”, “Caiado caloteiro”, “cadê o meu dinheiro”, e “paga meu salário”.

Quase no final do discurso, as vaias aumentaram e o presidente da Assembleia Lissauer Vieira (PSB) chegou a falar em interromper a sessão por cinco minutos, mas o governador continuou o discurso, alegando que estava quase no final.

Caiado então respondeu aos manifestantes, dizendo que eles eram “viúvas” do PT e que se posicionavam contra seus votos no Congresso Nacional a favor da reforma trabalhista e do impeachment da presidente Dilma Rousseff. A presidente do Sindicato dos Profissionais de Educação (Sintego), Bia de Lima, também foi vaiada quando teve seu nome citado.

Na chegada à Assembleia, o governador disse em entrevista à imprensa que sempre teve respeito pelo Legislativo e que ele é o Poder mais próximo da população. O governador confirmou que conversou com o presidente Lissauer, que se elegeu sem seu apoio, sobre projetos que serão encaminhados na segunda-feira (18) entre outros assuntos.

A bancada feminina, que foi reduzida à metade na última eleição, quebrou o protocolo na sessão. As deputadas Adriana Accorsi (PT) e Lêda Borges (PSDB) conseguiram do presidente dois minutos para discursar. Lêda falou em nome das mulheres, incluindo as servidoras da casa, e pediu respeito.

Sem citar nome, a manifestação foi um protesto contra o deputado Amauri Ribeiro (PRP) que em entrevista ao POPULAR sugeriu que assessoras são contratadas na casa para “servir aos deputados”.

O deputado Álvaro Guimarães (DEM) discursou em nome do Legislativo como um decano da Casa. Ele tinha sido escolhido para ser o candidato a presidente da Casa pelo grupo ligado ao governador, mas teve de renunciar à disputa depois que um grupo de 28 dos 41 deputados escolheram Lissauer Vieira.

Álvaro disse que em quatro décadas no Legislativo nunca viu um momento tão delicado. Para ele, não é o governador que precisa da Assembleia, mas a Assembleia que precisa ser responsável com o Estado. Dirigindo-se ao líder do Governo, deputado Bruno Peixoto (MDB), disse que ele precisa consolidar uma base sólida para o governo.

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