Abrasel prevê até três milhões de demissões em todo o país (Foto: Nathália Freitas) 

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Goiás, Fernando Jorge, voltou a falar sobre o decreto que determina a restrição do comércio no Estado. Anteriormente, ele havia destacado que a medida levaria várias empresas a fechar as portas e que a associação estava preocupada com os empresários e funcionários pelos próximos dias. Após uma reunião com o governador Ronaldo Caiado, o tom ainda é de preocupação, mas Fernando Jorge apontou uma compreensão. “O governador está correto ao fechar nesse momento de tentar estancar esse vírus que pode crescer nesses próximos dias, será um bem para a população e para nós também lá na frente”.

Segundo o presidente, a associação nacional prevê três milhões de pessoas desempregadas somente na área de alimentação. “É preocupante. Seria um colapso total”. Fernando Jorge afirma que o sinal de alerta está ligado e que a situação está sendo monitorada. “Mas vai ter demissões, vários empresários não tem caixa e se não tiver uma linha de crédito para atender esses empresários o mais rápido possível, será inviável segurar esses empregados em nossos estabelecimentos”, disse.

Os trabalhadores de bares, restaurantes e similares da Grande Goiânia receberão pelo que trabalharam até a quarta-feira (18), serão mais de 60 mil funcionários desses estabelecimentos de férias em casa. Até passar o período necessário de isolamento social, é possível que muitos fiquem desempregados. “ Vamos aguardar esses quinze dias para sentir esse número. Quantas empresas irão fechar, quantas irão retornar, quantas empresas vão conseguir continuar nesse cenário econômico e entender como vai funcionar o país nos próximos dias”, disse Fernando.

O prejuízo do fechamento do comércio ainda não pode ser calculado. Fernando Jorge acredita que será grande. “Eu só sei que é gigantesco. Em questão de números, não temos dados ainda, mas nos próximos dias vamos ver as empresas que fecharam e o valor que deixou de ser faturado neste período”. Bares e restaurantes serão fechados para evitar aglomerações, mas o serviço delivery seguirá funcionando, a medida pode ser uma forma de amenizar o prejuízo do setor, mas Fernando também acredita que as pessoas podem ficar receosas de pedir comida por aplicativos. “Mas tomara que peçam, e as empresas que atendem o delivery possam vender bem e manter seu negócio em funcionamento”.

O presidente da Abrasel em Goiás afirmou que os associados não esperam muito em contrapartida do governo, pois na conversa com Caiado, o governador destacou que “é um momento muito difícil para os estados também”. Fernando disse que irá aguardar para depois renegociar impostos e situações similares. 

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