A janela de transferências do futebol brasileiro se encerrou na noite desta segunda-feira (15) e o Atlético-GO registrou seus dois últimos reforços para a sequência da temporada: os goleiros Pedro Paulo e Diego Loureiro. Com os dois, o clube completou 11 contratações registradas a partir do 18 de julho, uma a menos que o rival Vila Nova que foi a equipe do futebol goiano que mais trouxe atletas neste período.

Em entrevista ao Sistema Sagres, o presidente Adson Batista revelou que esse número de contratações não estava previso no início da temporada, mas também foi consequência das baixas que o time sofreu por conta das contusões. Os zagueiros Ramon e Emerson Santos, com rompimento no tendão de aquiles, passaram por cirurgia e só volta à campo em 2023, assim como o goleiro Ronaldo, que precisou fazer um procedimento cirúrgico no ombro direito.

“Foi por conta das lesões. A gente teve problemas demais na questão dos goleiros e dos zagueiros, que nos deixaram com bastante dificuldade. Mas nós procuramos reforçar e setores que entendíamos que a gente precisava muito”, explicou o dirigente atleticano.

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Ao todo foram 29 contratações em 2022, sendo 18 até a primeira janela que fechou no dia 12 de abril. A estratégia, diferente da utilizada em anos anteriores, tem fundamento.

“A gente precisava ter um elenco mais homogêneo e com mais opções porque é uma questão de jogar de três em três dias e neste momento estamos em três competições. Nós queríamos dar mais opções para o nosso treinador de ter dois jogadores, no mínimo, em cada posição, e tem situação que você precisa ter até mais de dois. Quando se joga com três no ataque, tem que ter três para entrar”, pontuou Adson Batista.

Mesmo com esse número de aquisições, até pouco tempo a equipe vinha sofrendo com o elenco curto disputando Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana simultaneamente. No entanto, o presidente avalia de forma positiva o planejamento traçado e executado ao longo das duas janelas de transferências.

“Você tem que esperar também as oportunidades de mercado e nós estamos nos adaptando a esse primeiro ano de janela, antigamente nós tínhamos mais facilidades. Então eu digo que a gente fez tudo certo, não tínhamos também a certeza de que chegaríamos em uma semifinal de Sul-Americana e com possibilidade de chegar a uma semifinal de Copa do Brasil. Tudo isso foi até aquém do que a gente imaginava. Evidente que você sempre sonha com o máximo, mas eu acho que o nosso planejamento foi bom”, afirmou.

Assista a entrevista de Adson Batista para a Sagres:

Este foi o primeiro ano do futebol brasileiro com datas específicas para contratar jogadores no início e no meio da temporada, regra reprovada por Adson Batista.

“Eu prefiro como era porque você tinha mais liberdade para buscar alternativas. A janela ela facilita para quem tem muito dinheiro e faz as coisas mais ousadas. Para nós, que as vezes temos trabalho de observação em clubes menores, um trabalho de esperar boas oportunidades, ela trava muito”, analisou o presidente do Dragão.

Apesar disso, ele garante ter aproveitado bem as janelas e mesmo acreditando em uma evolução para 2023, afirma ter montado um elenco bom para terminar o ano com os objetivos alcançados. “Eu vejo o elenco do Atlético-GO como um dos melhores que nós montamos em todos os tempos, sempre estamos evoluindo. Aprender, você aprende todos os dias, essa questão da janela é uma adaptação que a gente vai ter que conviver com isso”.

Meia-atacante Kelvin foi um dos 11 contratados pelo Atlético-GO neste meio de ano (Foto: Alan Deyvid/ACG)