Com depoimentos de pessoas que viveram os desafios da pandemia de Covid-19 – que completa 3 anos neste mês de março – o Podcast Debates Esportivos traz mais um personagem do futebol goiano que recorda como foi complicado o momento para quem estava na gestão de um clube, fora das quatro linhas.

Em um bate-papo com o presidente executivo do Atlético Clube Goianiense, Adson Batista, o dirigente fez questão de citar a insegurança e lembrar das pessoas que perderam a vida por causa da doença.

“Foi o momento mais difícil que passei com relação a insegurança no futebol e até na vida, porque tive essa doença. Um momento crítico, que deixou marcas profundas, com a perda de vidas de pessoas amigas”, disse Adson Batista.

O Clube

Durante o auge da pandemia em 2020, decretos das autoridades proibiam a prática de atividades esportivas, mesmo assim o Atlético realizou treinamentos em seu CT. Sem divulgar se funcionários e jogadores estavam afastados por Covid-19, logo o futebol voltou aos treinos e competições oficiais, obrigando um grande investimento dos clubes em prevenção com medidas extraordinárias e testes de Covid-19.

“Foi muito gasto. Não tenho nem como te falar o valor exato, mas gastamos muitos com exames e várias medidas que precisavam ser tomadas dentro do clube. Naquele momento o mais importante era tentar preservar a vida”, detalha Adson, que chegou a temer pela continuidade do futebol e até mesmo a volta da torcida para o estádio.

“Era um momento de muita insegurança para a continuidade do futebol. A gente não sabia onde ia parar essa doença, se ia ter vacina, se ia ter uma liberação do torcedor. Hoje fico avaliando e ao mesmo tempo muito feliz, pois hoje temos a vacina”.

Sofrimento e ensinamentos

Ao mesmo tempo que contava com toda a estrutura de prevenção à Covid-19 montada no clube, assim como os trabalhadores normais, Adson Batista também tinha de conviver fora do ambiente preparado. Foi então que sentiu mais insegurança e viu o sofrimento de pessoas que conviveram com a doença.

“Foi muito difícil, porque a gente não tinha uma linha definida. Pra você ver, cada um falava uma coisa e a gente não sabia o que fazer. Cada dia era uma conversa. Foi um momento de muita insegurança, muita dificuldade. Sinceramente, te digo que foi um momento da gente ver filhos, pais, amigos, todo mundo correndo risco de morte. Era muito sofrimento”, relata Adson Batista.

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