Apesar de não saber com 100% de certeza o orçamento que terá até o final do ano, o Atlético Goianiense já tem garantidos cerca de R$ 25 milhões para esta temporada. São R$ 22 milhões da Rede Globo, R$ 2 milhões de contratos de patrocínios, cerca de R$ 150 mil do Campeonato Goiano e mais R$ 900 mil por já estar garantido na primeira fase da Copa do Brasil – o Atlético enfrenta o União de Rondonópolis-MT.

Além dos 22 milhões, a TV Globo paga separadamente por cada transmissão. Cerca de R$ 1 milhão por jogo que é transmitido na tv aberta e R$ 900 mil no Sportv e Premiere. Com isso a arrecadação do clube será maior, mas como não se sabe quantas partidas serão transmitidas, o valor não dá para ser cravado.

O clube também já fechou com seu patrocinador máster, a Estadium.bet fica no Dragão por dois anos, no entanto a receita não será revertida para o futebol e sim para custear toda a reforma do Estádio Antônio Accioly. Por isso, o presidente Adson Batista não descarta vender mando de campo durante a Série A para “fechar a conta”.

(Foto: Paulo Marcos/ACG)

“Pode ser uma alternativa, mas é muito difícil eu falar isso agora. Temos que esperar a questão de tabela, de logística, de momento, porque o torcedor goiano é um torcedor que não é muito fanático, ama o time mas deixa de amar daqui para ali. Aqui é muito diferente do nordeste, de outros lugares que o clube estando no momento bom ou ruim, ele está lá junto, aqui não é assim, o goiano é muito exigente. Então a gente conta com essa questão de tabela pra gente avaliar, o momento, porque acima de tudo está o objetivo do Atlético de permanecer na Série A, tudo vai ser avaliado no momento oportuno. O que eu posso dizer que não vamos vender todos os jogos, vai ser um ou outro se não for interessante jogar aqui, se o Atlético for tomar prejuízo e o clube precisar de receita para cumprir com seus compromissos”, explicou o dirigente.

Ele reiterou que se a situação acontecer, não serão muitas partidas, e pediu compreensão da Confederação Brasileira de Futebol na hora de montar a tabela da competição nacional.

“Algumas partidas eu te digo que não, talvez um jogo ou outro pontualmente falando. Mesmo porque nós temos um coirmão que vai disputar os mesmos jogos aqui. Eu espero que a CBF tenha sensibilidade para marcar os jogos invertidos, se o Flamengo joga aqui contra o Goiás no primeiro turno, jogue com o Atlético no segundo e vice-versa. Tem que ter essa sensibilidade para que não tenhamos esses problemas. Em 2017 nós jogamos aqui contra Flamengo e Corinthians, um jogo em cima do outro”, afirmou.

O presidente executivo do Dragão destacou que essas são alternativas para os times que têm um orçamento menor e que buscam maneiras de aumenta-lo. “São situações importantes para os clubes que precisam de receita. Nós trabalhamos com muito pouco e eu não me envergonho de falar isso. Vai ser um desafio se o Atlético conseguir superar todas as suas adversidades fazendo com seu orçamento menor. Eu gosto desses desafios e não estamos aqui lamentando porque estamos muito felizes de estar na Série A”.