O Atlético Goianiense encaminhou bem sua classificação para a semifinal do Campeonato Goiano ao golear o rival Goiás por 3 a 0 no último domingo (25) em pleno Estádio Hailé Pinheiro. Com o resultado, o rubro-negro pode perder por até dois gols de diferença no jogo da volta no Antônio Accioly que garante vaga na próxima fase do estadual.

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Apesar do placar elástico, Adson Batista viu momentos de dificuldade do Dragão durante os 90 minutos e ressaltou que os clássicos sempre serão complicados. Mesmo assim, o dirigente ressaltou a superioridade de sua equipe na casa do adversário.

“Nunca terá jogo fácil entre Atlético-GO x Goiás, Goiás x Atlético-GO, Atlético-GO x Vila Nova. Tivemos momentos em que a partida foi difícil, mas durante o jogo o Atlético-GO foi se impondo e tem nitidamente, neste momento, uma melhor equipe, temos que enxergar isso. No segundo tempo nós poderíamos até conseguir um resultado melhor. Fico muito feliz porque o Atlético-GO soube respeitar o Goiás, jogando sério, determinado e com competitividade. Nós merecemos a vitória e isso mostra que esse grupo do Atlético-GO é competitivo e equilibrado”, disse.

Na visão do presidente atleticano, a vantagem para o segundo jogo poderia ter sido ainda maior se o time tivesse aproveitado as oportunidades criadas principalmente na etapa final.

“Foi pouco (o 3×0) porque nós construímos muitas chances de gol e isso não é desmerecer o Goiás não, o Goiás é uma grande marca. Não estamos aqui para fazer chacota ou tripudiar em cima, não é nosso perfil, isso é coisa de torcedor e eu como dirigente e presidente do Atlético-GO tenho que respeitar meus adversários e ter uma postura respeitosa para poder exigir respeito quando a entidade for desrespeitada”, analisou Adson.

O 3×0 do Atlético-GO não ficou isento das polêmicas que se tornaram corriqueiras nos clássicos da atual edição do Campeonato Goiano. O gol marcado pelo meia João Paulo, que abriu o placar nos minutos finais do primeiro tempo, foi alvo de reclamações da diretoria do Goiás porque o camisa 10 ajeitou a bola com o braço antes da finalização.

Porém, na visão da diretoria rubro-negra o erro de Wilton Pereira Sampaio não pode esconder a boa atuação do time de Jorginho e nem ser utilizado para transferir responsabilidade pelo desempenho das equipes durante a competição.

“Você não pode tirar o brilho da vitória e da partida do Atlético-GO por um erro de arbitragem. Tenho certeza que se o Wilton (Pereira Sampaio) tivesse visto, ele apitaria. Acho até que no primeiro tempo ele estava rigoroso com o Atlético-GO. Mas não quero tirar a superioridade do Atlético-GO em cima de um erro de arbitragem que acontece a todo momento. Nós já tivemos erros demais contra a gente, então não vou ficar aqui escondendo erros e acertos em cima de arbitragem, não vou transferir responsabilidade. O Atlético-GO foi superior, fez uma partida melhor e temos que entender que esse momento é do Atlético-GO. Ninguém desrespeitou o Goiás, fizemos foi respeitar mostrando sua força. Em momento nenhum foi a arbitragem que trouxe a classificação para o Atlético-GO”, afirmou Adson.

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Por fim, o dirigente minimizou as polêmicas envolvendo os profissionais do apito em rodadas anteriores do Goianão. Segundo ele, os problemas de arbitragem não são uma exclusividade do futebol goiano e precisam ser repensados em âmbito nacional.

“Erros sempre vão existir, eu já reclamei demais. Esse ano não estou reclamando porque meu time está sobrando tecnicamente e não posso também ficar reclamando de arbitragem porque seria sujo da minha parte. Todo mundo vai sempre reclamar. Eu jamais seria árbitro, é uma profissão muito ingrata. Mas temos que ter paciência porque isso é no Brasil, não é em Goiás. O que eu sempre defendo é que tenhamos árbitros que não ‘picotem’ o jogo e deixem o jogo correr, mas lógico que no futebol brasileiro o jogador aprendeu a reclamar demais, tem hora que passa do limite, eu convivo com isso. Eu gosto de arbitragem que apita o que é falta mesmo, para poder valorizar o espetáculo”, destacou.

Confira na íntegra a entrevista com Adson Batista: