Integrantes da Comissão Nacional de Clubes (CNC) participaram nesta segunda-feira (23) de uma videoconferência para discutirem a proposta feita pela entidade à Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (FENAPAF). A intenção é conceder 20 dias de férias coletivas aos jogadores e diminuir 25% dos salários na tentativa de minimizar despesas por causa da paralisação no futebol brasil devido ao coronavírus.

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, é um dos líderes do movimento, que deve manter a discussão nos próximos dias. Primeiro time de Goiás a decidir antecipar as férias do seu departamento de futebol, o Atlético Goianiense espera um acerto que seja o menos impactante possível para todas as partes.

Adson Batista, presidente do Atlético-GO (Foto: Paulo Marcos/ACG)

“Nós estamos aguardando esse acordo coletivo e conversando com vários clubes no Brasil. É um momento de muita reflexão e de esperar soluções que não sejam ruins para ambas as partes. Só digo que os clubes, do jeito que está a situação, terão todos muita dificuldade. Espero que possa ter o entendimento, que o Governo também nos ajude e que a gente chegue num acordo”, analisou o presidente Adson Batista à Sagres 730.

Segundo o dirigente rubro-negro, será essencial a compreensão dos atletas em relação as medidas que deve ser adotadas nas próximas semanas. “Os jogadores não podem ser só “ganha, ganha”, agora é a hora de todos entenderem o momento único e mais difícil da história do Brasil e do mundo. É hora de aguardar porque ninguém consegue prever nada. Espero que possa ser passageiro e o futebol, assim como a vida normal, possam voltar o mais rápido possível”.

No entanto, Adson que acredita que essa redução salarial proposta pela Comissão Nacional de Clube não será suficiente para “desafogar” financeiramente os clubes. O mandatário atleticano acredita que é necessário rediscutir também o direito de imagem pago aos jogadores.

“Eu acho muito pouco porque o clube não vai perder 25%, vai perder praticamente 100% nesse período. Acho que ainda tem que ter uma negociação em cima das imagens, não só no salário da carteira. Até porque a imagem não está sendo usada nesse período. Ninguém vai usar o contrato de imagem porque não está tendo atividade nesse período, então acho que tem que se discutir também essa questão”, destacou Adson.

Quer saber mais sobre o coronavírus? Clique aqui e acompanhe todas as notícias, tire as suas dúvidas e confira como se proteger da doença