Com onze rodadas já disputadas, o Atlético Goianiense, enfim, dava sinais de que iria engrenar de vez no Campeonato Goiano. Após viver um momento complicado no segundo turno, quatro partidas sem vitórias sendo três derrotas, e levar uma sacudida da diretoria, o time venceu a Anapolina, até então líder do grupo B, e na sequência bateu o Vila Nova, no segundo clássico do ano. Porém, após as duas importantes vitórias, o Dragão voltou a oscilar e caiu diante do Trindade, por 2 a 0, em pleno estádio Serra Dourada.

A derrota trouxe novamente ao CCT do Urias Magalhães as velhas críticas sobre a falta de padrão tático e o desempenho físico dos jogadores. Adson Batista, diretor de futebol do clube, voltou a reclamar da irregularidade e pediu rápida evolução do time. “Existem momentos no campeonato que nós até temos algum tipo de esperança, mas em outros, se não tivermos equilíbrio, acabamos nos desesperando. O último jogo demonstrou muitas deficiências do time, totalmente desorganizado em campo, sem qualquer perspectiva de melhoras no jogo”.

Já não é de hoje que o diretor de futebol demonstra publicamente a insatisfação com o trabalho desenvolvido por Marcelo Martelotte. Após a derrota para o Grêmio Anápolis, por 2 a 1, Adson chegou a apontar para a demissão do técnico, porém, um pedido do vice-presidente Jovair Arantes segurou o treinador no cargo. Depois disso, foram duas vitórias em duas partidas e o esboço de uma reação, que esbarrou em novo tropeço na última rodada com a derrota para o Trindade.

A quinta derrota no campeonato voltou a irritar Adson, que admitiu preocupação com o futuro do time. “Precisamos de fazer algumas reavaliações de maneira urgente.  O time vem apresentando muita fragilidade e instabilidade, isso é preocupante. Eu não mudo minhas convicções e minha opinião, nós precisamos evoluir muito ainda. Em um primeiro momento a nossa intenção é sanear o clube e estamos usando o campeonato goiano para isso. Mas, daqui em diante, o time vai precisar apresentar um nível que ainda não conseguimos ver até o momento, o tempo está passando”, declara o cartola.

O diretor de futebol aproveitou para ressaltar que o elenco ainda é limitado e precisa de peças de reposição. Na avaliação dele, de quatro a cinco jogadores seriam necessários para reforçar e melhorar a qualidade do grupo, porém, sem condições financeiras, o Atlético admite lutar com essa equipe no Campeonato Goiano. “O nosso momento não permite fazer as contratações que nós precisamos. Seria importante a chegada de novas peças, para diversificar as opções e melhorar o nível, mas como a intenção é resolver a situação financeira do clube, pelo menos no Goianão vamos disputando com essa equipe”, revela.