A partida realizada pela décima primeira rodada do Goianão foi bastante atípica para o Goiás. Isso porque a equipe foi punida pelas constantes brigas da torcida e precisou jogar uma partida sem a presença da torcida, além de pagar uma multa de 10 mil reais. A pena seria cumprida no domingo dia 9, no clássico diante do Atlético Goianiense, mas o Goiás conseguiu adiantar o cumprimento para não prejudicar o clássico, que terá maior importância dentro da competição.

Nem o resultado positivo conseguiu superar a ausência da torcida. Conselheiro do clube, Edminho Pinheiro confessa que não gostou da experiência de assistir a uma partida com o estádio completamente vazio. “Foi horrível, uma das piores experiências que vivi dentro do futebol. Você ver um gol acontecendo e ninguém comemorar é realmente estranho. Tive a sensação de estar assistindo um treino. O resultado foi bom para o campeonato, mas não teve a menor graça sem a torcida para festejar”, comenta Edminho.

Para ele, a falta dos torcedores pode prejudicar o time em campo, comprometer o rendimento dos jogadores e contribuir para o baixo nível da partida. “Com certeza os atletas sentem a falta da vibração, o jogo fica parecendo um treino e, sem dúvida, a motivação para jogar ai lá embaixo. O futebol é um esporte muito querido, nem as partidas amadoras deixam de ter público. A presença do torcedor completa o espetáculo e pode até elevar o nível da apresentação. É indispensável em uma boa partida a presença da torcida”.

Apesar de ser contra a punição de jogar sem torcida, Edminho reconhece a necessidade de atitudes para erradicar a violência dos estádios, mas acredita que essa ação não é solução para o problema. “Quem acaba punido é o torcedor de bem, que vem ao estádio para ver o jogo. Esses vândalos que promovem a violência saem do jogo sem saber nem o placar, por isso, não vejo solução em jogar de portões fechados. É só olhar para onde o problema foi solucionado, na Inglaterra, por exemplo. Lá a justiça punia os baderneiros, eles eram presos e tinham que se apresentar nas delegacias durante os jogos. Essa é uma solução viável”, analisa.

Edminho aproveita para elogiar o departamento jurídico do Goiás, que conseguiu antecipar a punição ao clube para liberar a presença da torcida no clássico contra o Atlético Goianiense. “Sem dúvida foi uma atitude inteligente e importante do nosso jurídico a de antecipar o pagamento da punição. Jogar sem torcida já é ruim, em um clássico então seria terrível. Além de ser um jogo importante, tem a questão da renda que nós vamos conseguir com o jogo. Os clássicos são momentos bonitos do futebol, de festa. Se essa partida fosse de portões fechados, estaríamos desperdiçando um momento bonito do campeonato e uma boa renda”, declara o conselheiro.