O debate do programa Clube da Notícia desta segunda-feira (25), da Rádio 730, foi entre o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Clécio Alves (PMDB), e o vereador Djalma Araújo (Solidariedade), após entrevistas realizadas na última semana.
Clécio Alves reafirma a ideia de que sua gestão como presidente da Câmara será lembrada pelo que deixou de fazer. “Vocês vão se assustar com a economia que estamos fazendo, deixando de gastar o dinheiro público”, fala.
Vereador Djalma Araújo também confirma sua posição em dizer que Clécio tem atuado com postura autoritária como presidente, por exemplo, com os professores que ocuparam a Câmara em protesto. “Ele também me acusou e me levou ao Conselho de Ética duas vezes”, conta. O vereador fala que sua função, conforme a legislação, é fiscalizar o legislativo e executivo. “Estou cumprindo a minha função em Goiânia”.
Em relação à dedetização proposta pelo presidente Clécio Alves e firmada em R$ 300 mil, segundo o vereador Djalma Araújo, há indícios de super faturação e desvio do dinheiro público. “A competência do presidente é autorizar a despesa da Câmara, por processo licitatório, e o pagamento dentro dos limites do orçamento”, explica Djalma.
Clécio Alves fala que todos os contratos estão dentro do que a legislação determina, a Lei 8.666. “Eu nunca afirmei que construiria um novo prédio para a Câmara, nem reformaria a Casa”. De acordo com o presidente, foi pago R$ 244 mil apenas em projeto arquitetônico para reforma do terceiro piso da Câmara há alguns anos, dentro da legalidade, quando Djalma Araújo ainda era 1° secretário. “Todas as licitações feitas na Câmara hoje tem empenho pré-agendado com o Tribunal de Contas do Município (TCM)”, explica.
Outra questão que Djalma Araújo questionou foi a contratação de uma empresa de pesquisa, por parte de Clécio Alves, para avaliar a opinião da população em relação à cidade e aos parlamentares. “Inclusive isso não foi para frente por que nós denunciamos. Ele queria gastar em torno de R$ 100 mil em pesquisa de opinião pública”, diz.
“Toda essa economia se deve às minhas ações dentro da Câmara. Conseguimos rever o gasto de R$ 4 milhões em mídia, assim como quase R$ 200 mil de tablets para vereador e a ideia dos R$ 300 mil em dedetização”, conta Djalma.
Clécio Alves afirmou que a dedetização da Câmara foi avaliada em R$ 39 mil, mas que ainda não foi gasto. “Pagaremos apenas o valor de mercado. Nada mais”. E o serviço de sanitização, para limpeza de ar condicionado, já custou mais de R$ 68 mil a cada seis meses em outras gestões, feitas, inclusive, sem licitação, de acordo com o presidente. “Nós licitamos este ano e foi calculado em R$ 67 mil”.
Ao fim do debate Clécio Alves fala que o vereador Djalma Araújo não encontrará nada de ilegal na gestão da Câmara. “A sociedade pode ficar tranquila. Tudo que está sendo feito é com transparência”, diz. Djalma conclui dizendo que Clécio Alves deveria renunciar a presidência da Câmara. “É o momento de ele pensar e renunciar em 2014 ou fazer outro mandato”, declara.
