A operação Monte Carlo, que foi deflagrada no dia 29 de fevereiro pela Polícia Federal, cumpriu 35 mandados de prisão. Mas, uma das pessoas que deveriam ser presas não foi encontrada e continua foragida. Geovani Pereira da Silva, conhecido com ‘Geo’, de 44 anos, é apontado como tesoureiro e responsável pela parte financeira do esquema de Carlinhos Cachoeira.

O advogado de GeovanI, Calisto Abdala, afirma que ele não está foragido, e sim, escondido.“Mandado de prisão existe. Quem conseguir achar, prende. Ele não quer ser preso e tem o direito de ficar calado diante do juiz. Ele não está foragido, está escondido”.

A investigação durou cerca de 15 meses e constatou uma forma de “franquia” do crime. O suposto chefe da quadrilha, Carlinhos Cachoeira concedia a “licença” de exploração dos pontos a donos de galpões clandestinos, localizados em cidades goianas.

Calisto Abdalla alega que a situação dele é pior que a de outros advogados de defesa dos envolvidos no esquema de Cachoeira. Ele não tem duvidas de que seu telefone esteja grampeado.

“Meu cliente é o mais procurado e eu não tenho contato com ele. Eu não tenho acesso e meu telefone está grampeado. Isso é uma falta de vergonha da Polícia e do Estado fazer isso com o advogado”, protesta.

“Eu sou advogado. E o meu sigilo profissional?”, questiona.

Enquanto isso, Geovani Pereira segue foragido ou “escondido”, como preferir, mas, segundo Calisto, está em Goiás.