O advogado de defesa do padre Robson de Oliveira, Pedro Paulo de Medeiros, explicou à Sagres 730 nesta quarta-feira (7) que não há mais ação judicial contra padre da Operação Vendilhões. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás decidiu arquivar a investigação do Ministério Público contra o padre Robson de Oliveira. A decisão do desembargador Nicomedes Domingos Borges foi acompanhada por unanimidade pela 1ª Câmara Criminal.
“Acabou tudo, até porque o que o Tribunal de Justiça disse foi que não houve nenhuma irregularidade, ninguém tem que entrar na Afipe para saber o que está acontecendo lá dentro, a não ser que algum desses 10 membros não concorde com as decisões, o que não é o caso. Então, não houve irregularidade”, afirmou.
De acordo com o advogado de defesa, a Afipe é uma associação privada, que conta com dez membros que decidem como e onde aplicar o dinheiro arrecadado nas doações. “O dinheiro entra na Afipe, ele é aplicado de acordo com que os dez membros decidem aplicar, então foram aplicados em imóveis, para gerar mais dinheiro, gerar mais lucro, e fazer mais evangelização”, analisou. “Adquiriram rádios, comprou uma das maiores televisões do país, compraram imoveis, tudo no nome da Afipe e está se construindo a basílica”, completou.
Para Pedro Paulo, a operação foi desnecessária e midiática. “Desde o primeiro dia, em que houve a deflagração da operação, absolutamente desnecessária, porque, apesar de o Ministério Público ser uma das entidades mais importantes do país, não havia necessidade de se deflagrar uma operação como aquela, midiática como foi, fazendo acusações ao padre sem se quer, ter sido ele chamado para ser ouvido. Acredito que tudo aquilo foi deflagrado sem se quer chamar o padre antes para perguntar para ele o que estava acontecendo, como havia sido feito as negociações, porque se comprou fazenda, avião, como construiu a basílica, enfim, ninguém perguntou a ele, as pessoas presumiram as coisas e deflagraram a operação”.
NOTA AFIPE
A Associação Filhos do Pai Eterno, a Afipe, informou por meio de nota, que vai continuar o trabalho de auditoria, reforma administrativa, implantação de governança e demais ações que estão em andamento na associação. Segundo a nota, medidas são fundamentais para que a entidade continue cumprindo a missão de evangelizar.
