Desde 2006 o Brasil celebra, no dia 30 de agosto, o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla. A data foi resultado do esforço da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) para dar mais visibilidade à doença e seus impactos na vida das pessoas.

Em entrevista ao programa Tom Maior da SagresTV, o neurologista e neurofisiologista clínico, Alexandre de Almeida Castro, afirma que a esclerose afeta mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo e, no Brasil, estima-se, 15 casos para cada 100 mil habitantes.

Durante todo o mês de agosto, os centros de saúde do país promovem o “agosto laranja”  com o objetivo de divulgar a doença e colaborar para o diagnóstico precoce, o tratamento apropriado e a melhora na qualidade de vida.

De acordo com publicação do Hospital Albert Einstein, diagnosticar a doença precocemente faz toda a diferença. Quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maior a chance de modificar, a longo prazo, o curso natural da esclerose múltipla.

Segundo Alexandre, a Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune. “As células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. É uma doença que tem uma certa prevalência no país, precisa dos seus cuidados, e tem muitas pessoas que necessitam desse diagnóstico. Os pacientes são geralmente jovens, em especial mulheres de 20 a 40 anos”, afirma.

A doença não tem cura e seu tratamento consiste em atenuar os afeitos e desacelerar a progressão da doença. Entre os sintomas estão fadiga, alterações na fala e deglutição, transtornos visuais, alteração do equilíbrio, perda da força muscular, dores articulares, disfunção intestinal e da bexiga, depressão e ansiedade.

“O paciente pode ter um déficit neurológico súbito, que seja, por exemplo, perder a visão de um olho ou de repente ficar fraco de um lado, pode ter uma parestesia, com a diminuição da sensibilidade de um lado do corpo, ou eventualmente alguma alteração na medula espinhal, causando uma fraqueza. Esses déficits são súbitos, são inesperados. Na fase inicial, essa doença pode trazer alguns desafios para o médico”, ressalta o neurologista.

Assista à entrevista na íntegra no Tom Maior #82