Nódulos no pescoço, axilas e virilha nem sempre chamam a atenção das pessoas para visitarem um médico. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou a campanha Agosto Verde-Claro, que alerta sobre o perigo do linfoma, tipo de câncer no sangue.
O linfoma é um dos dez tipos de câncer mais frequentes no Brasil e a estimativa é de 15.120 casos no país em 2024. Os primeiros sintomas são suor noturno, perda rápida de peso e febre sem motivo aparente, principalmente, no fim do dia.
Mas o principal deles é o surgimento de caroços indolores que geram desconforto em todo o corpo, porém bem comum em locais como pescoço, virilhas e axilas, como explicou a hematologista da Oncologia D’Or, Renata Lyrio.
“Se o paciente tem um nódulo na axila, no pescoço ou na virilha, é preciso saber se isso está associado a algum quadro infeccioso ou não. Se ele está gripado, resfriado, tem alguma infecção local, esse gânglio provavelmente é uma sequela. Por exemplo, se a pessoa tem uma dor de dente e aumentou um linfonodo no pescoço, se o paciente fez a barba e se cortou, se depilou a axila e apareceu um linfonodo que cresceu de forma rápida e está dolorido e se tem infecção naquele local, provavelmente é um quadro infeccioso”.
Linfoma
O linfoma é um termo genérico para designar um grupo de tumores que se originam nas células brancas do sangue (linfócitos) e se desenvolvem nos gânglios linfáticos (linfonodos).
Eles se dividem entre linfomas de Hodgkin e não Hodgkin. O primeiro responde por cerca de 20% dos casos da doença e acomete principalmente adolescentes e jovens (dos 15 aos 25 anos), com um segundo pico de frequência em idosos (com mais de 75 anos). É um linfoma de bom prognóstico e associado a alta chance de cura.
De maneira geral, o tratamento inclui quimioterapia, imunoterapia, terapia-alvo radioterapia, transplante de células-tronco, cirurgia ou a terapia celular, conhecida como CAR-T- cell.
Mas a medicina segue avançando no tratamento da doença, com novos medicamentos como o Epcoritamabe, um anticorpo biespecífico para tratar um câncer que voltou e os que não melhoram com as terapias disponíveis.
*Texto da Agência Brasil com alterações
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 03 – Saúde e Bem-Estar.
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