Artilheiro do Campeonato Goiano com oito gols, o atacante Alex Henrique, da Aparecidense, está confirmado para a decisão deste domingo contra o Vila Nova. O jogador, que bateu um papo com o comentarista Charlie Pereira, do Sistema Sagres de Comunicação, revelou que sua saída mais cedo no jogo da última quarta-feira no OBA foi “mais por precaução”.

“Pode ter certeza, com fé em Deus, vou estar em campo pra poder ajudar a Aparecidense a chegar em mais um final de Campeonato Goiano”, disse Alex Henrique, que também falou sobre como deve ser o comportamento da Aparecidense para sair classificada após o empate por 1 a 1 no jogo de ida.

“Temos que ter equilíbrio. Acho que tivemos uma força mental muito grande no primeiro jogo, pois saímos atrás e buscamos o resultado. Como é dentro de casa, com o nosso retrospecto muito bom, temos que procurar fazer o que sempre fizemos. É decisão e devemos ser mortais, sem errar defensivamente e ofensivamente. Quando as oportunidades aparecerem, temos de estar bem concentrados para matar o jogo e passar pra final”.

O “clima quente” dentro de campo entre os jogadores durante o primeiro jogo da semifinal do Goianão também foi destaque nos últimos dias. O técnico Thiago Carvalho, da Aparecidense, atribuiu tal nervosismo mais aos jogadores colorados do que aos seus comandados, no entanto, para Alex Henrique, tudo normal, pois se trata de vencer para chegar à final do Estadual.

“Ninguém quer perder. Hoje Aparecidense e Vila têm sua busca de espaço. O Vila está há muito tempo sem ganhar um Estadual e isso faz com que a adrenalina suba, mas decisão é isso. É uma coisa que deve ficar só dentro de campo. Acho que vai ser um jogo difícil, que vença o melhor e que depois as coisas sigam naturalmente”.

Amizades

Com uma passagem pelo Vila Nova em 2018 durante o Brasileiro Série B, Alex Henrique faz questão de ressaltar que deixou amigos no OBA e lembrou de uma passagem que teve com o técnico Wagner Lopes quando atuou no futebol japonês.

“Tenho amizades ali. Inclusive uma delas é o Alan Mineiro, com quem tenho contato sempre. Outra é com o Celsinho, com quem joguei junto e contra. Tem outros também que já enfrentei. Inclusive o técnico Wagner Lopes, pois foi ele que intermediou com o meu empresário na época, pra eu ir para o Japão. O meu filho nasceu no Japão, pois ele conhecia o médico de lá, que fez os partos do filho dele. Sempre que o encontro, agradeço, pois sempre foi muito importante pra mim na minha estadia no Japão”, lembrou Alex Henrique, que no Japão atuou por três times: Avispa Fukuoka, Thespa Kusatsu e Verdi Tókio.

Futuro

Quanto à permanência na Aparecidense, Alex Henrique confirmou que tem contrato até o fim de maio. O carinho que tem pelo clube, onde desfruta de bom relacionamento com todos, pode pesar para um renovação contratual, no entanto prefere esperar.

“Procuro dar sempre um resultado de cada vez. Tenho contrato até o fim de maio com a aparecidense. É um lugar em que tenho o carinho de todos e por isso que não descarto uma eventual renovação, mas tem muitas sondagens”, revelou o atacante de 36 anos, que recentemente foi elogiado pelo presidente do Atlético, Adson Batista, que teria dito que “se fosse mais novo” o contrataria para o Dragão.

“Fiquei sabendo do elogio do Adson Batista e fico muito feliz, é gratificante. A vida é feita de desafios, pra quebrar barreiras. Principalmente no Brasil, criou – se que o jogador de futebol não consegue render aos 33 ou 34 anos, mas hoje tem atletas de ponta com mais de 30 anos. Fiquei muito lisonjeado com os elogios”.

Sobre um possível interesse do Goiás, Alex confirma que não conversou com ninguém do clube esmeraldino e preferiu destacar que mesmo considerado “veterano” se sente capaz de jogar em alto nível.

“Sobre o Goiás, não falei diretamente com nenhum dirigente. Fiquei sabendo do interesse e dos elogios através da imprensa. Se tudo isso está acontecendo, também com interesse de outros times, é porque estou mostrando de campo. Ainda tenho pique e lenha pra queimar”, finalizou.