Álvaro vestiu camisas importantes do futebol brasileiro, como Flamengo, São Paulo e Internacional, mas em nenhum destes clubes foi tão feliz como no Goiás. Campeão brasileiro da Série B de 1999, o ex-defensor relembrou em entrevista à Sagres 730 e se declarou ao ex-time. Além de elogiar antigos companheiros, Álvaro disse que o esmeradino seria campeão brasileiro da 1ª Divisão se a equipe fosse mantida para a temporada seguinte.

“Eu joguei na Espanha e fui campeão pelo Flamengo, São Paulo e Internacional, mas nada se compara ao Goiás. Aquele time era completo. Aquele ano não poderia ter acabado. Com o poder financeiro do clube, não dava para segurar os jogadores. Vários foram negociados. Mas se tivesse ficado o mesmo time para o próximo ano, o Brasileiro da Série A ficaria pequeno para nós. Se o Goiás ficasse com aquele time seria campeão de tudo. Eu já fui campeão Brasileiro, Paulista, da Copa do Rey da Espanha, mas nenhum título me traz tanta lembrança como o da Série B de 1999”, contou.

Além da Série B, o Goiás também conquistou o tetracampeonato em cima do Vila Nova. Na competição nacional, reencontrou o rival colorado no quadrangular final, com duas vitórias por 1 a 0. Anos depois, em 2011, Álvaro assinou com o Vila, mas sem sucesso. No outro lado da cidade, o zagueiro sofreu com lesões e amargou o rebaixamento para a Série C.

“Imagina o clássico da cidade definir um acesso e título da Série B? Por isso minha passagem pelo Vila foi tão infeliz. Ninguém aceitava eu jogar no Vila, nem imprensa, nem torcida, por conta da minha história com o Goiás. E em 1999 a gente tinha muito jogador bom, como o Alex Dias, Fernandão, Túlio. Dificilmente o Goiás vai ter uma safra tão boa”, relembrou.

Um dos trunfos da equipe era o técnico Hélio dos Anjos. Foi ele quem pediu a contratação de Álvaro, que pertencia ao São Paulo, mas que estava no América Mineiro. Além da parte técnica, o treinador também conseguiu pacificar um grupo de diversas personalidades.

“O Hélio juntou todas as coisas. Tinha uns caras malucos e os evangélicos. Todos estavam juntos e pensavam a mesma coisa. Ele conseguiu juntar. Tinha uns caras muito doidos no time, mas doido por ser jovem. Goiás é uma terra terrível, muita mulher (risos). Mas o nosso time buscava o resultado e fazia festa. Todos se respeitavam. Isso fez o Goiás um time muito forte”, analisou.

Por fim, Álvaro tambem citou um ídolo esmeraldino, a quem ele trata como “metade do time”. O nome é Araújo.

“Araújo, Fernandão e Dill me deram muito “bicho”. Nunca ganhei tanto bicho como ganhei com esses três. O Araújo era o cara o time. Ele era metade do time. Vejo o Neymar hoje e arrastando a bola, o Araújo fazia aquilo. Era dar a bola para ele que ele ia driblar até o gol. O Araújo precisa ser respeitado porque ele fez uma diferença absurda. O Fernandão jogava até de meia. Nós tínhamos quatro atacantes. Jogar em uma equipe que funciona faz qualquer jogador crescer. Por isso eu cheguei na seleção”, finalizou

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