Uma dívida de R$ 24 milhões da Prefeitura de Goiânia com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) da Universidade Federal de Goiás (UFG) é a causa de uma possível paralisação de serviços a partir de segunda-feira (13) no Hospital e Maternidade Dona Iris, no Setor Vila Redenção, região sul de Goiânia.

De acordo com o diretor administrativo da Fundahc, que gere a unidade de Saúde, mais da metade da dívida, o que corresponde a R$ 13 milhões, referem-se a salários atrasados dos 540 servidores da maternidade. Outro problema no local é a falta de materiais para serviços que vão desde os básicos, como limpeza, até os mais complexos como exames laboratoriais.

Por meio de nota enviada à 730, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), diz que o termo de convênio firmado no ano de 2012 com a Fundahc para administração da maternidade prevê um valor estimado de repasse para a realização dos serviços acordados, e que ao longo do convênio houve ampliação dos serviços executados mediante celebração de termos aditivos, os quais culminaram em acréscimo de cerca de 113% em relação ao valor inicial do contrato. No entanto, desde setembro de 2016 o valor acrescido não é repassado.

Ainda de acordo com a SMS, desde janeiro de 2017, quando foi identificado o descompasso entre o valor e a disponibilidade financeira da Secretaria – e em cumprimento às cláusulas do convênio, a pasta solicitou junto à Fundahc uma readequação dos serviços ofertados, enfatizando a priorização da manutenção da assistência completa ao parto e ao neonato com qualidade, e que em todos os meses os pagamentos realizados nesta gestão tem sido dentro do ajuste solicitado.

Em entrevista à reportagem da 730, o diretor da Fundahc afirma que a SMS, diante da repercussão dos problemas enfrentados pela unidade de Saúde, efetuou um repasse de recursos nesta semana, mas pondera que os valores só são suficientes para pagar salários de servidores. Exames como ultrassonografia, pré-natal e até consultas deixarão de ser executados.

Outra dívida da SMS, enfatizada pelo diretor, é com a Maternidade Nascer Cidadão, no Jardim Curitiba, que representa R$ 2 milhões. Apesar disto, nesta unidade, o atendimento deve seguir normalmente.