No último dia 23 de novembro, durante a realização do Conselho Técnico do Goianão 2017, organizada pela Federação Goiana de Futebol (FGF), ficou pré-confirmado que CRAC e Itumbiara seriam os clubes goianos na Copa Verde 2017. Porém, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou, ontem, a tabela básica e o regulamento da competição, sem os clubes do Estado.

A CBF, por meio de nota, explicou que a FGF desistiu da disputa do torneio. O motivo foi explicado pelo presidente da entidade, André Pitta, na manhã desta quinta-feira (1), durante o programa “Hora do Esporte”, da Rádio 730.

– A decisão é únicamente por conta da falta de datas disponíveis para disputa do Campeonato Goiano e da Copa Verde. Como não foi possível se adequar a essas condições, nós decidimos abrir mão. No ano passado, as datas da Copa Verde confrontavam com as datas disponíveis para disputa do Campeonato Goiano. Porém, em 2015 a Copa do Brasil para primeira fase, teve quatro datas à disposição – duas a mais que 2014 -, na segunda fase foram cinco datas disponíveis, mas utilizaram apenas duas. Então, nós tínhamos no calendário datas avulsas para os times participarem da Copa Verde – explicou o dirigente.

André pontuou que com as mudanças realizadas pela Conmebol para disputa da Copa Libertadores da América de 2017, a CBF reduziu as datas de disputa da Copa do Brasil. Justamente os dias possíveis para os clubes goianos participarem da Copa Verde. Segundo o mandatário, uma provável resolução do problema era reduzir os jogos do Goianão, campeonato, que na visão do presidente, é mais importante para os times do Estado do que a Copa Verde.

Presidente da Federação desde 2007, André Pitta lamentou a tragédia com a delegação da Chapecoense. “A perda de todos nos deixa bastante chateados, principalmente com as informações que acabam chegando: se for confirmado que a causa da tragédia é falta de combustível, isso nos deixa ainda mais tristes, não só para nós que estamos vivendo o meio do futebol, mas para sociedade brasileira”, declarou.

Entre uma das ações que os principais clubes brasileiros se propuseram a realizar foi da Chapecoense não ser rebaixada nas próximas três temporadas. O que para André Pitta não é a melhor decisão.

– A questão que envolve a postura dos clubes de emprestar jogadores, eu sou totalmente favorável, no entanto, quando falamos sobre o clube não ser rebaixado sou resistente. Se fosse um caso onde a equipe estivesse no meio do campeonato, não sendo possível concluir o torneio eu até concordaria. Agora, o próximo campeonato se inicia daqui, pelo menos, seis meses. Acho que é o tempo para a Chapecoense, respeitando tudo que ocorreu, montar uma nova diretoria e clube. A vida continua, o clube vai continuar, eles vão conquistar novas vitórias e títulos. Penso que dentro de campo as coisas podem ser resolvidas, cumprindo a lei que fala sobre obrigatoriedade de descenso e acesso – concluiu André.