A receita é bastante conhecida do torcedor atleticano. A parceria entre Marcão e Diogo Campos foi fundamental para que o Atlético mudasse de postura e fosse muito mais perigoso a defesa adversária. O time rubro-negro venceu por 4 a 2, em Rio Verde, conseguindo largar com pé direito no Campeonato Goiano e em bom astral com o atacante Marcão, artilheiro do time na temporada passada.

A maior preocupação do técnico Hélio dos Anjos ficou na dificuldade da marcação pelo setor esquerdo. Paulo Henrique, Ernandes e Fernando Bob bateram cabeça e por muito pouco não complicaram a estreia da equipe diante do Rio Verde. O Atlético adotou uma postura de espera e cadência. Seria normal por causa da diferença de condicionamento físico, mas ela foi um tanto quanto excessiva.

No ataque, Juninho foi titular ao lado de Marcão. Infelizmente, apenas vestiu a camisa 11. Pouco fez. Participou menos ainda. Foi naturalmente substituído pelo Diogo Campos que entrou a 730km/h. Hélio justificou esta escolha para dar ritmo de jogo a Juninho que precisa de um tempo maior para voltar a atuar em alto nível. Acho válida a tentativa do treinador, embora a gente veja isto acontecer de forma inversa.

Conversando com o Hélio antes da estreia, ele revelou o planejamento do clube de ter mais artilheiros dentro do elenco. William, Felipe, Elias e Marcão possuem uma boa média de gols por temporada. O Atlético não quer ficar dependendo de um jogador para fazer os gols. Esta é uma excelente visão de futuro.

Um bom início para dois jogadores que estão começando a temporada sabendo que não são os mais cotados para serem titulares. Marcão foi procurado por alguns clubes do exterior. No Brasil, o Guarani demonstrou interesse no jogador, mas não tem nenhuma contrapartida a oferecer ao Atlético. No setor ofensivo não devem chegar contratações neste inicio de temporada. Caso o Marcão seja negociado, um atleta argentino da posição deve ser apresentado.

RIO VERDE

Gostei do time do Rio Verde. Um time que apresenta boa distribuição tática, mas pecou no condicionamento físico. Se tivesse estrutura de preparação igual ao Atlético teria atropelado os rubronegros. Nonato é a principal referência. Marcelo Goiano e Jorge Henrique são bons laterais. Se não tiver problemas financeiros ou de relacionamento confirmará a presença na elite do futebol goiano em 2013.

Retomando os trabalhos e sucesso a todos em 2012.