O Palmeiras utilizou suas redes sociais para divulgar uma nota oficial repudiando as falas de cunha xenófobos contra sua atual comissão técnica comandada pelo português Abel Ferreira. Segundo a postagem, esse tipo de situação é “constante”. De acordo com o Palmeiras, desde que o treinador está à frente da equipe, ele sofreu diversos ataques com este teor.

A nota veio após a repercussão da entrevista de Jorginho, técnico do Atlético Goianiense, após partida desta quinta-feira (16) no Allianz Parque, onde o Dragão perdeu por 4×2.

Jorginho se sentiu incomodado com o tratamento que a comissão técnica palmeirense com o árbitro Roman Abatti Abel. De acordo com o treinador rubro-negro, Abel Ferreira xingou os profissionais de arbitragem e não foi punido. As manifestações atleticanas à beira do campo causaram um princípio de confusão durante o segundo tempo, já que o clube goiano cobrava uma expulsão do português.

Leia mais: Jorginho explica apagão contra o Palmeiras e critica comportamento de Abel Ferreira

“Eu sou um cara muito respeitador com o árbitro, mas eles (Palmeiras) estão faltando respeito com o árbitro, o chamou de cego, xingou de tudo quanto é nome, bateu palma para o árbitro e não aconteceu absolutamente nada. Eu relatei isso ao árbitro, não é justo isso porque meu auxiliar técnico tomou cartão, o auxiliar deles também tomou cartão e quem deveria ser expulso era o Abel (Ferreira)”, relatou Jorginho.

Além disso, ressaltou que “isso me revolta como técnico e como brasileiro porque vem no nosso país e tá desrespeitando o nosso país e nossos árbitros”.

Confira na íntegra a nota divulgada pelo Palmeiras:

“A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia com veemência as manifestações de cunho xenófobo que têm sido constantemente endereçadas à nossa comissão técnica.Nascemos pelas mãos de imigrantes que não somente fundaram um dos clubes mais vitoriosos do mundo, como também contribuíram com a formação da sociedade brasileira e da identidade nacional. A nossa história de 107 anos foi construída por jogadores, profissionais e torcedores de diferentes nacionalidades e etnias, sem distinção. Portanto, não toleramos declarações preconceituosas que incitem a aversão a estrangeiros. Nossos gramados não são feudos reservados a pessoas de um só país. Pelo contrário, neles há espaço para todos que tenham vontade e capacidade de melhorar o futebol brasileiro”.