O governador Ronaldo Caiado (DEM) divulgou uma nota respondendo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que ameaçou fechar a divisa entre Goiás e o DF. Caiado afirmou que diante do atual momento causa “repúdio e nojo” ler essa declaração. 

Ibaneis Rocha, relatou à Coluna Grande Angular, do Jornal Metrópoles, que precisa do Governo de Goiás para assumir o tratamento de pacientes do entorno do Distrito Federal. O emedebista disse ainda que a crise está igual ao ano passado, que o governador Ronaldo Caiado “está negligenciando seus pacientes”.

Em entrevista à Sagres 730, Diego Sorgatto (DEM), prefeito de Luziânia, comentou a declaração do governador do Distrito Federal.

Essa declaração foi pelo menos egoísta da parte do governador do Distrito Federal, em querer responsabilizar o estado de Goiás apenas; falar até em fechamento de fronteiras. O governado do estado (de Goiás) tem nos ajudado e realizado todos os esforços possíveis (…). Quero acreditar que foram palavras da boca para fora, até porque se fecharem as fronteiras, Brasília não funciona. O Distrito Federal só funciona no dia a dia porque milhares e milhares de goianos derramam seu suor lá no trabalho do Distrito Federal e voltam para as suas residências, afirmou.

Diego Sorgatto revelou que se reuniu com o Governador de Goiás, com a Secretária Estadual de Saúde de Goiás (SES), com o Ministério Público e outros órgãos controladores para discutir a nota técnica que foi expedida pela SES.

De acordo com o mapeamento da SES, Luziânia e as demais cidades do entorno sul do Distrito Federal estão em situação de calamidade. Nesse caso a recomendação é que somente os serviços essenciais sejam funcionem.

Sorgatto destacou que os prefeitos da região e entraram em acordo para fazerem um decreto patronizado para todas as cidades, devido a proximidade e o grande fluxo de pessoas que circulam e trabalham entre os municípios. No entanto, o prefeito de Luziânia afirmou que o Distrito Federal precisa participar dessa decisão.

Temos discutido bastante sobre esse tema porque entendemos que não teria a eficácia necessária a gente tomar uma medida mais restritiva se o Distrito Federal não estiver participando desse entendimento. Nas nossas cidades aqui do entorno Sul, aproximadamente 200 mil pessoas vão trabalhar no Distrito Federal todos os dias e voltam. Então entendemos que Brasília precisa participar dessa discussão, frisou.

Dos 30 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do município de Luziânia, 28 estão ocupados. Segundo o prefeito, a cidade aumentou o seu número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos últimos 15 dias, de 20 para 30. Porém, a taxa de ocupação permanece alta.

Nós precisamos tomar uma decisão, estamos com 30 leitos de UTI, 28 estão ocupados. E os 43 leitos de enfermaria estão com uma taxa de ocupação de 80%. Então, ainda que o Distrito Federal não participe da discussão, nós prefeitos devemos tomar uma decisão até o fim da semana, finalizou.