A situação no Vila Nova segue bastante complicada, principalmente após a derrota para o Atlético Goianiense, no clássico da rodada. O time colorado perdeu por 2 a 0 para o Dragão, com uma atuação bastante fraca e somou o quarto revés seguido no campeonato. O resultado deixou o Tigrão cada vez mais distante de uma classificação para as semifinais e ameaçado pelo rebaixamento, já que Crac e Grêmio Anápolis têm apenas 2 e 3 a menos que o Vila, respectivamente.

Após mais uma derrota no Goianão, o treinador Heriberto da Cunha voltou a bater na tecla da inexperiência como grande problema do time, assumindo o discurso já saturado desde o início do campeonato. “O nosso time joga sempre com oito ou nove jogadores da base, sem um jogador experiente para assumir as ações. A prova disso é que cometemos erros imaturos, inadmissíveis, coisa que não fazíamos no ano passado, quando tínhamos um time mais equilibrado”, analisa Heriberto.

O técnico vai além e faz duras críticas à maneira que o planejamento foi feito para o Goianão, priorizando os jogadores de base. “Não podemos entrar no campeonato com todo o time de jovens, é arriscado. Os dez pontos que conseguimos nas primeiras rodadas acabaram mascarando a real situação e iludindo todos sobre o que o time era capaz de fazer. Agora as consequências estão vindo e são normais, Palmeiras, Atlético Mineiro e Vasco quando decidiram apostar demais acabaram sendo rebaixados”, comenta.

Para o técnico, apostar nesse projeto, sabendo das dificuldades, foi um erro que ele cometou no início da temporada. “Eu devo admitir que quando aceitei dirigir o time nessas condições eu errei. Sabia que não tinha como dar certo apostar demais na base sem pensar em contratações. Eu avisei à todos no que poderia dar isso, mas mesmo assim aceitei trabalhar da maneira que estava sendo me passada. Sabíamos no que ia dar e estamos pagando caro por isso”, revela o treinado.

Mas essa situação não deve durar muito tempo. O técnico se reuniu após a derrota para o Crac pela nona rodada para entregar o cargo de comandante, porém, foi convencido pela diretoria à permanecer com a promessa de que o elenco seria reforçado de forma imediata. Assim, nomes começaram à aparecer: o time estreou Soares no clássico e depois disso, Agenor acertou com o clube. Eduardo Arroz e Rafael devem ser os próximos, com outros nomes seguindo especulados.

Para o técnico colorado, esse fato poderá representar uma mudança completa na vida do Vila Nova. “A partir do momento que contarmos com esses reforços e com a volta dos jogadores lesionados, o trabalho será diferente. Perdemos muitos jogadores experientes que estariam nos ajudando nessa situação e que vão acrescentar muito quando voltarem. Sobre os reforços, já passou da hora, temos que correr atrás, contratar e já dar o uniforme para jogar. Vai ser assim para conseguir uma rápida virada”.