O técnico Marcelo Cabo foi apresentado na manhã desta sexta-feira (13) pelo Atlético Goianiense e iniciará contra o Flamengo neste sábado (14) sua segunda passagem no clube. Quase três anos após sua saída em 2017, o treinador foi contratado para substituir Vágner Mancini e chega com contrato até dezembro de 2021.
Campeão do Campeonato Brasileiro da Série B em 2016 -o maior título da história do Dragão-, Cabo não conseguiu repetir o bom desempenho no ano seguinte na primeira divisão. Após quatro derrotas nas quatro primeiras rodadas, o treinador acabou entregando seu cargo.
De volta ao Dragão, terá sua terceira oportunidade na Série A do Brasileiro, já que além do rubro-negro em 2017, também defendeu o CSA em 2019 na elite. Pelo Azulão, conquistou o acesso em 2018 e foi bicampeão alagoano, conquistando também o mesmo título estadual pelo rival CRB antes de retornar ao Atlético-GO.
Apresentado, o técnico de 53 anos comentou a nova oportunidade na equipe atleticana.
“Eu acho que chego ao Atlético-GO em momento bem diferente do que foi meu início de Série A em 2017 e também meu início de Série A em 2019 pelo CSA. Claro que aquilo que eu vivi nesses anos me trouxe mais experiências. Eu chego muito mais experiente e com muito mais conhecimento da competição, num momento que o Atlético-GO vive hoje bem diferente. Hoje eu volto e vejo um clube muito mais estruturado, me ofertando um elenco mais qualificado e um trabalho em andamento muito bem feito. Eu comparo minha chegada na Série A esse ano com a minha chegada na série B em 2016”, disse.
Foram dois acessos da Série B para a Série A, mas sem trabalhos longos na primeira divisão. Mesmo assim, rechaçou qualquer rótulo.
“Eu tenho uma máxima para treinador. Não existe técnico de competições A, X, Y ou Z, existe o bom treinador. Eu me preparei ao longo dos anos para essa oportunidade e chego muito bem preparado para essa chance que o Atlético-GO está me dando na Série A, e com muita convicção que teremos êxito naquilo que programamos e planejamos para a sequência da competição”, destacou Marcelo Cabo.
Apesar dos bons momentos pelo rubro-negro em sua primeira passagem e por ter conquistado o maior título do clube, o treinador afirmou que a partir de sua estreia contra o Flamengo, quer construir um novo ciclo vitorioso e sem viver do passado. “Não adianta eu ficar aqui vivendo do meu título de 2016. eu voltei para fazer uma nova história no Atlético-GO e na Série A”.
Confira mais trechos da apresentação de Marcelo Cabo no Atlético-GO:
Em 2016 você conquistou o título da Série B, o maior do Atlético-GO até agora. Neste retorno, o que seria um ”novo título de Série B” para você? Escapar do rebaixamento, uma vaga na Sul-Americana ou talvez ‘beliscar uma Libertadores’?
Marcelo Cabo – “A gente tem metas definidas dentro do Atlético-GO. Quando eu cheguei aqui em 2016 nem o mais otimista torcedor sonhava com o título Brasileiro da Série B, mas eu cheguei sonhando e logo meu primeiro discurso foi de metas de permanência e de título, e não é diferente neste momento. Claro que nossa primeira meta são os 45 pontos, a segunda meta é a Sul-Americana e depois a Libertadores. Temos que trabalhar por meta. A nossa prioridade hoje é atingir os 45 pontos o mais rápido possível. Mas o Atlético-GO me dá uma excelente condição de trabalho para eu sonhar alto, claro, um passo de cada vez”.
O time passa por uma instabilidade, já são seis jogos sem vitórias e é visível que o Atlético-GO perdeu a intensidade. O que você já sabe desse elenco para recuperar o time e voltar a vencer?
Marcelo Cabo – Qualquer temporada longa como a do futebol brasileiro, ainda mais nesse ano com a interrupção de quatro meses por conta da pandemia, é normal que qualquer equipe vai oscilar e o Atlético-Go oscilou no final do primeiro turno. Reuni com a diretoria, com a comissão, a gente ‘recalculou rota’, e vimos qual é o destino que queremos chegar. Agora é muito trabalho para que a gente possa voltar as vitórias. Eu tenho convicção no nosso sucesso nesta temporada. Meu primeiro grande trabalho é devolver a confiança desses atletas, trabalhar o psicológico deles”.
Pensa em mudanças na equipe para o jogo contra o Flamengo?
Marcelo Cabo – Seria insano da minha parte chegar neste primeiro momento e mudar tudo, até porque o trabalho que vinha sendo feito aqui é muito bem feito. Vamos iniciar o trabalho com todas as informações que o Eduardo (Souza) e o João Paulo (Sanches) me passaram porque são de muito bom conceito e fidedignas. Eu inicio o trabalho com a base que vinha sendo feita e aos poucos vamos tendo as minhas observações junto com meus assistentes e vamos ver o que é de possibilidade de evolução da equipe, ai sim se precisar fazer aqui ou ali, eu vou tomar as decisões que precisam ser tomadas, mas na hora certa”.
