Sagres em OFF
Rubens Salomão

Após troca de comando, deputado cobra privatização da Saneago: “foco de corrupção”

A decisão do governador Ronaldo Caiado (DEM) de se antecipar a investigações do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil e trocar o comando interino da Saneago repercutiu politicamente e voltou a dar discurso a opositores. Além da nota publicada pelo PSDB, o representante da base do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Goiás, o deputado federal Major Vitor Hugo (ainda no PSL) também reagiu e cobrou a privatização da estatal, que chamou de “foco de corrupção”.

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Depois de suspeita sobre irregularidades em contrato da Saneago, Caiado indicou o diretor executivo de Liquidação de Estatais da Secretaria de Administração (Sead), Edson Sales de Azeredo Souza, para ocupar a diretoria de Gestão Corporativa da empresa. O nome deve ser aprovado pelo Comitê de Elegibilidade e pelo Conselho Administrativo da companhia, para que ele substitua Silvana Canuto Medeiros. Investigações ainda sigilosas do MPGO e da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR) apontariam suposto envolvimento dela em irregularidades no contrato de almoxarifado virtual.

“Porque não seguir o caminho que o governo federal está seguindo, de diminuir o tamanho do estado? Privatizar Correios, Eletrobrás. Por que nós não privatizamos, de maneira correta, decente, a Saneago? O novo Marco do Saneamento Básico traz segurança jurídica para isso”, afirma Vitor Hugo, que quer ser pré-candidato a governador. “Enquanto isso, a Saneago em Goiás é foco de corrupção desde governos anteriores e nada é feito”, aponta o deputado.

Papo furado

Apesar de exemplificar com Eletrobrás e Correios o “caminho” seguido pelo governo federal, a privatização das duas estatais segue travada e não passou da promessa do presidente Jair Bolsonaro na campanha de 2018.

Andamento

A proposta que autoriza a exploração pela iniciativa privada dos serviços postais brasileiros foi aprovada na Câmara dos Deputados em agosto de 2021, mas enfrenta resistência no Senado. O texto do relator senador Márcio Bittar (PSL-AC) está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) desde novembro do ano passado.

Avanço

Já com relação à Eletrobrás, o BNDES afirmou na última semana, que a expectativa é de que a oferta de capitalização ocorra em meados de março deste ano. Já a precificação da operação está prevista para acontecer em abril. A capitalização da Eletrobras foi aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, mas ainda resta análise do projeto pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Melhora

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), usou o Twitter para informar melhora no quadro de Covid-19. Segundo ele, está isolado em casa, tratando a doença, mas não sente mais dor de garganta.

Exames

“Fiz uma tomografia na sexta-feira que não apresentou nenhuma alteração nos pulmões”, escreveu o prefeito que testou positivo para doença na última terça-feira (4). Ele informou, ainda, que deve realizar um novo teste na segunda-feira (10) para verificar se já estará curado da doença.

Cheque sem fundo

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) manteve decisão de primeiro grau e condenou o deputado federal José Nelto (Podemos) a pagar R$ 33.863,51 a um posto de combustíveis por “três cheques inadimplidos” – ou seja, não pagos. Consta nos autos que os títulos de crédito foram emitidos em 8 de outubro, com vencimentos em 09/10/2018, 11/10/2018 e 13/10/2018.

Dívida

Ainda segundo o texto, sem o pagamento, eles foram a protesto em 14 de fevereiro de 2019 e lavrados em 20 do mesmo mês. Na Justiça, a defesa de Nelto alegou fraude, pois as assinaturas dos cheques não seriam do deputado.

Campanha

A decisão (acórdão), que teve a desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi como relatora, foi unânime em favor do posto. No parecer, a magistrada citou que “a testemunha arrolada pela parte autora relatou ter sido o responsável pela entrega dos cheques no posto de combustíveis apelado, por ordem do requerido e do chefe de seu gabinete, durante a campanha eleitoral daquele ano”.

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