O Repense do último domingo (30) destacou que em Goiás o etanol é mais vantajoso que a gasolina, já que o estado produz 25% do etanol utilizado no Brasil. Nesta sexta-feira (04), a Arena Repense falou sobre os impactos do etanol para o meio ambiente. Em entrevista ao Tom Maior, o presidente do Fórum Nacional Sucroenergético e da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), Mario Campos, explicou que o etanol é derivado da cana-de-açúcar ou milho.

“Quando um produto é derivado da planta, nós temos todo esse processo de fotossíntese , que retira o CO2 do ar e faz uma reciclagem. Essa reciclagem é feita quando a planta está crescendo. Quando vamos ao campo, a gente corta a cana uma vez por ano e ela fica o ano todo fazendo fotossíntese”, afirmou Campos, que ainda completou citando que é possível “reduzir até 90% das emissões de CO2 equivalentes quando comparadas a gasolina, em função do processo de produção que nós temos”.

Assista ao Arena Repense desta sexta-feira (04):

Outro ponto debatido na Arena Repense, foram os preços dos combustíveis. O instrutor da Renapsi de Santa Catarina, José Francisco, questionou a falta de incentivos para o valor do etanol, já que o Brasil é um dos maiores produtores de cana-de-açúcar.

Mário concordou com o instrutor e detalhou porque é necessário ter esse incentivo. “É importante a gente citar que estamos num país de renda baixa, que as pessoas têm muita dificuldade. A gente sempre procurou dentro do setor, que é possível mostrar para a sociedade que temos um produto mais limpo e é melhor para o meio ambiente”, disse o presidente da SIAMIG.

Diante das dificuldades citadas, Mário afirmou que os profissionais da área têm buscado formas de trazer esse produto de forma mais competitiva. “Temos investido em tecnologias, aumento de produtividade e redução de custos dentro das agroindústrias, mas, também, é necessário que o Estado brasileiro, através da cobrança de tributos, possa dar contribuições”, destacou.

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