O CineSolar é uma proposta que percorre o Brasil para levar cultura e ensinar sobre sustentabilidade em diferentes regiões do país. Em entrevista à Sagres, a idealizadora do projeto, Cynthia Alário, contou que além dos filmes no telão, também trabalha com oficinas para crianças, jovens e adolescentes. “Sempre tendo em voga o tema da sustentabilidade, que para a gente, está em todas as nossas ações”.

Assista ao Arena Repense desta semana:

Um dos cursos práticos se chama Oficinema Solar e apresenta questões ambientais, com base no ‘pensar global e agir local’. “A gente pega soluções globais, tais como permacultura, bioconstrução, replantio, compensação de carbono, energias sustentáveis e os próprios Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, contou Cynthia.

Após discutir o tema e apresentar as possibilidades, as crianças e os jovens, junto com a equipe do CineSolar, escrevem um roteiro de um filme, curto, que é gravado com os participantes da oficina. “Então é muito importante, muito bacana poder dar voz a essas crianças, esses jovens, com relação aos temas ambientais”.

O repórter Samuel Straioto trouxe toda a história do CineSolar no último domingo (18). Na matéria, é possível conferir desde a inspiração, passando pelo início do projeto e o ensino sobre sustentabilidade por onde as vans, denominadas Tupã e Mahura, passam.

Arena Repense desta semana teve Jéssica Dias e Samuel Straioto na apresentação, com a participação de Julina Amorim (esquerda) e Cynthia Alário (direita)

Sustentabilidade na prática

O CineSolar é composto por duas vans com um cinema itinerante movido a energia solar. Cynthia explicou que não encontra nenhuma dificuldade com a geração de energia com os painéis fotovoltaicos, que oferecem autonomia de quatro dias de atividades.

“Dificilmente a gente fica quatro dias sem sol, ainda mais no Brasil. Em algumas regiões e dependendo do período do ano, eu dou um espaçamento maior entre as sessões para ter o carregamento das baterias. Mas é muito tranquilo porque basta ter a luz do sol, mesmo em dias mais nublados, que as baterias carregam”.

Acesso à cultura

A coordenadora educacional da Renapsi Julina Amorim destacou como o projeto desperta a curiosidade, diante da oferta de cultura, além da operação sustentável. Além disso, Julina ressaltou, também, que a visita das vans em diferentes locais é muito necessária. “Cinema é uma cultura que muitas pessoas não têm acesso. Quem vive no interior, quem vive em situações de maior vulnerabilidade não tem acesso a essa cultura, que é algo importante”, concluiu.

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