Presente em praticamente todas as nossas ações cotidianas, a energia elétrica é essencial para os dias atuais. Diante da sua importância, o ser humano encontrou, ao longo do tempo, diversas maneiras de gerar eletricidade. Porém, para o engenheiro eletricista Juliano de Mello, coordenador do curso de engenharia biomédica na Uninter, o Brasil ainda aproveita pouco outras fontes de energia.

“Ainda é muito embrionário a utilização de outras energias que podem ser aproveitadas, como a solar e a de biomassa, por exemplo. Precisamos evoluir muito, porque para todos os níveis de energia, nós temos que queimar alguma coisa que em algum momento pode acabar. Agora, as energias solar, eólica e de biomassa são muito promissoras para nos ajudar a melhorar isso”, explicou.

Confira a reportagem completa e o Arena Repense desta semana:

Além do engenheiro Juliano de Mello, o Arena Repense desta semana contou com a presença do Professor e doutor em engenharia elétrica Enes Marra. Enes afirmou que o Brasil evoluiu e aumentou sua capacidade de geração de energia após o apagão de 2021, abordado pelo repórter Rafael Rodrigues no último domingo.

“Em 2001, nós tínhamos uma capacidade de geração de energia instalada no Brasil de 76 gigawatts de potência, sendo que 83% era de hidrelétricas e 12% de termelétricas e 5% de outras. Hoje a capacidade instalado Brasil é de 197 gigawatts”, detalhou o professor Marra.

O doutor ainda esmiuçou as novas características da matriz energética brasileira: “Agora depende 53% de usinas hidrelétricas; 10,8% de energia eólica; 8,5% de solar; 8% de gás natural; 8% de biomassa, principalmente, de cana-de-açúcar; 4,8% de óleo diesel; 1,7% de carvão mineral; 1% nuclear; e 8% de importação”.

Questionados se o Brasil corre o risco de sofrer com um novo apagão, ambos apontaram que o país evoluiu nessa questão, principalmente a população, mas que não é possível dar certeza. “Os trabalhos da engenharia e dos órgãos de controle e segurança são para que isso não volte a ocorrer, mas não é possível prever”, disse Enes Marra.

Já Juliano afirmou que apesar da tecnologia ter avançado, permitindo que aparelhos eletrônicos demandassem menos energia, “a parte governamental não evoluiu muito”. “De lá (apagão de 2001) pra cá, a gente aprendeu muito, mas ainda temos muito a melhorar”, concluiu.

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