Repense do último domingo (2) mostrou como a falta de arquitetura acessível e o transporte público são desafios para Pessoas com Deficiência (PcD) em Goiânia. Hábitos comuns, como andar de ônibus, ou a pé e ter uma rampa acessível para um cadeirante, ou alguma pessoa com mobilidade reduzida entrar em um prédio. Tudo isso contribui para melhorar a qualidade de vida e, principalmente, para um ambiente mais sustentável.

Assista ao Arena Repense na íntegra:

Participaram o conselheiro fiscal da Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás (Adefego), Ronaldo Caixeta, a advogada, Paula Godoi. Além disso, a analista educacional da Renapsi pólo Rio Grande do Sul, Idala Xavier.

De acordo com Idala Xavier, em Porto Alegre, cidade onde ela vive, as condições não são tão diferentes em relação a Goiânia. Nesse sentido, a analista educacional relata que as ruas não têm acessibilidade.

“Não adianta ter uma rampa e a rua ser toda desnivelada, como partes aqui de Porto Alegre. O acesso aos ônibus também, já vi muitos estragarem e o cadeirante não consegue acessar o elevador. Muito dessa questão de falta de equidade e inclusão é por parte das pessoas também de compreenderem que acessibilidade é para todos. Então, parece muito a realidade daqui”, destacou.

Ronaldo Caixeta, que teve poliomielite ainda muito cedo, conta que, para chegar na cadeira de rodas, já foi uma trajetória grande. No dia a dia, o conselheiro fiscal ressaltou que convive com obstáculos.

“Posso dizer, de cadeira, literalmente, que andar pelas ruas de Goiânia é viver num rali. Então, é sempre muito complicado. Mas, a Adefego, que completou 42 anos, faz de tudo para que Pessoas com Deficiência física e motora sejam reintegradas na sociedade de uma maneira ou de outra. Seja através do esporte, do trabalho, da dança, enfim, a Adefego tem a ideia justamente de gerar essa situação de igualdade e inclusão”, explicou.

Participantes do Arena Repense debatem sobre acessibilidade e inclusão de Pessoas com Deficiência | Foto: Reprodução/Sagres TV

Mobilidade e acessibilidade

Sobre mobilidade e acessibilidade, Paula Godoi explica que, apesar dos termos serem semelhantes, existem também algumas diferenças. Como por exemplo, a lei das calçadas acessíveis de Goiânia diz que cada pessoa é responsável por cuidar da sua.

“Deixar a calçada acessível é permitir quem tem mobilidade reduzida ter acesso a vários locais para locomover por toda a cidade. Então, acessibilidade é garantir acesso dessas pessoas. A mobilidade é sobre a condução de cada pessoa sobre suas próprias condições”, pontuou.

Assista ao Arena Repense na íntegra pelo link acima.

*Esse conteúdo está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU 10 e 11 – Redução das Desigualdades e Cidades e Comunidades Sustentáveis

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