Um dos momentos que chamou mais atenção no clássico do último domingo aconteceu no fim da partida, do lado rubro-negro. O zagueiro Artur, que já havia encarado o zagueiro Valmir Lucas, do Goiás, na reta final da partida, saiu esbravejando, pedindo mais respeito com o Atlético, e não quis falar com a imprensa. Nesta segunda-feira, o zagueiro desabafou e explicou que muita gente chegou a menosprezar o Atlético antes da partida, e a partida foi uma forma de mostrar que o time pode ser competitivo.

“Acho que tava entalado, a gente olha na televisão, vê algumas coisas só falando do Goiás e a gente também tem nosso respeito, o nosso mérito. Acho que ninguém está aqui de paraquedas, a gente sabe da força do Atlético e muita gente pensou que esse jogo ia ser fácil pro Goiás. É lógico que a gente não ganhou, mas a gente mostrou nossa força dentro de campo, clássico tem isso, essa vontade a mais que não precisa nem estimular o jogador. Pedi mesmo respeito porque não é só o Goiás que tá na briga do Campeonato Goiano”, disparou o defensor.

Mesmo com a situação indefinida no Goianão, já que ainda não está classificado como o rival Goiás, o Atlético precisa “mudar a chave” e pensar na Copa do Brasil, já que estreia na quarta-feira, às 20h30, contra o Flamengo-PI, em Floriano, a pouco mais de 250km da capital Teresina. Pelo nível das equipes na primeira fase, o zagueiro entende que o Atlético tem obrigação de impor o ritmo do jogo e até vencer, mas não vê como obrigação eliminar o adversário logo no jogo de ida, vencendo por dois ou mais gols.

“Não digo obrigação, pela dificuldade de não conhecer a outra equipe, de ser um campo ruim, do calor, mas se for ver, é quase uma obrigação. A gente não vai lá com uma obrigação de estar fazendo dois gols pra eliminar o jogo de volta, mas é lógico que se for o caso de eliminar, vai ser o melhor pra gente se recuperar. A gente vai pra ganhar o jogo, pra se impor e tentar acabar com esse jogo de volta”, determinou Artur.