Aparecido de Souza Alves (foto), morto em um acidente com o helicóptero da Polícia Civil em maio deste ano – quando também morreram cinco delegados e dois peritos – agiu sozinho ao matar sete pessoas no que ficou conhecido como a “chacina de Doverlândia”. Esta é a conclusão do laudo divulgado nesta terça-feira (4) pela Polícia Civil. 

Aparecido, que confessou os assassinatos, matou, segundo as investigações, o proprietário da fazenda em que os crimes ocorreram, Lázaro Oliveira da Costa, de 57 anos, o filho dele Leopoldo Rocha Costa, 22, os amigos Joaquim Manoel Carneiro, 61, a esposa Muraci Alves de Oliveira, 62, o filho Adriano Alves Carneiro, 22, e a noiva dele, Tames Marques Mendes da Silva, 24, além do vaqueiro da fazenda: Ely Francisco da Silva, 34. 

“Ele matou primeiro o senhor Lázaro, que reagiu, porque tinha cinco perfurações de faca. Depois abordou e matou o Leopoldo, filho dele. Em seguida matou o Ely e o Adriano no pasto. NA estrada, abordou o carro com os três, levou para o pasto, matou primeiro o senhor Joaquim, a Dona Muraci e a Tames”, relatou a perita criminal Ercimar Vieira.

A perita Ercimar Vieira explica que, de acordo com os laudos, não há motivação para tamanha barbaridade praticada por Aparecido Alves. “A intenção dele não dá pra saber, mas, diante das investigações, ele ficou sabendo que o Senhor Lázaro tinha vendido duas carretas de gado. Durante a perícia, percebemos que a casa não está tão revirada”.

Aparecido, após matar a jovem Tames, cobriu o rosto cheio de sangue e praticou relação sexual com ela, ou seja: necrofilia. A tragédia de Doverlândia poderia ainda ser maior, já que ele ainda perseguiu outras pessoas: o filho do caseiro e mais duas pessoas após o crime.

Alguns dados das investigações foram perdidos com a queda do helicóptero em maio. Os ocupantes faziam a reconstituição do crime. Mesmo assim, o sentimento dos peritos é de que a missão foi cumprida.