O jejum já durava 18 anos. A última conquista estadual do Atlético Goianiense havia acontecido em 1988. O torcedor rubro-negro vinha de uma temporada promissora em 2006 com o vice campeonato diante do Goiás, mas em 2007, conquistar o Goianão era fundamental para sacramentar o início da reconstrução atleticana.

De 2006, a base foi mantida, inclusive o técnico Arthur Neto. Jogadores como Dida, Pituca, Robston e Weslley seguiram no clube, que receberia mais dois que marcariam seus nomes na história atleticana: o goleiro Márcio e o meia Anailson que contratado após a promoção “Craque do Goianão” – com a ajuda da Federação Goiana de Futebol, um jogador que chegou para cada clube após votação da galera, que escolhia o seu reforço.

Números

O desempenho atleticano no Goianão 2007 credenciavam o Dragão ao título tão aguardado. Até a final contra o Goiás havia vencido 11 vezes em 21 rodadas, empatado cinco e perdido apenas quatro jogos. Com a vitória por 2 a 1 na final, chegou a 49 gols assinalados, com uma média de 2,3 por partida.

Time

O Dragão campeão em 2007 contava com Márcio; Dida, Gilson, Jairo e Possato; Pituca, Robston, Weslley e Anailson; Rômulo e Fábio Oliveira, que terminou como artilheiro da competição com 18 gols. Essa foi a formação que inicou a decisão contra o Goiás no dia 6 de maio.

Neste dia, Cardoso, Lindomar e Claudinho Baiano também entraram. Fábio Oliveira abriu o placar para o Dragão, enquanto Romerito empatou para o Goiás ainda no primeiro tempo. Porém aos 17 minutos da segunda etapa, após passe de Weslley, Anailson bateu de canhota, da entrada da área, e marcou o gol do título rubro-negro.

Personagem

Atlético Campeão. Fim do jejum de 18 anos, feito relembrado com carinho pelo volante Robston, um dos destaques daquela equipe. “Primeiro a gente já estava engasgado com o Goiás, com a gente ter perdido em 2006 da forma que foi. A gente fez três gols anulados naquela decisão e aos 44 ou 43 minutos, o Nonato fez o gol do título do Goiás. Então em 2007, o Atlético montou uma equipe muito mais forte do que aquela de 2006, com a chegada do Anailson, um jogador que dispensa comentários, tínhamos um ataque muito forte com Rômulo e Fábio Oliveira, Dida voando pela direita, Possato pela esquerda, eu, Pituca, jogava Claudinho, Weslley e o Anailson. Nós nos fechamos, especilamente na reta final, e falávamos que naquele momento a gente não poderia deixar o título escapar”, recorda Robston, que fez questão de ressaltar o trabalho da então diretoria, comandada por Wilson Carlos e Valdivino de Oliveira, que contava com a chegada do jovem diretor Adson Batista.

“Relembrar aquele time de 2007 é sempre emocionante. Aquela equipe foi formada, que já tinha um conjunto muito grande desde que a gente jogava no Brasiliense. Fomos convidados pelo então presidente Wilson Carlos, o diretor de futebol Adson Batista, o presidente do conselho Valdivino de Oliveira, pra gente poder fazer uma reconstrução do Atlético. Viemos em nove jogadores pra cá, já tínhamos uma base muito boa, então foi um ano maravilhoso, de conquistas e a formação daquela equipe foi uma coisa muito boa, que o Adson conseguiur fazer, trazendo um conjunto q ue já tinha no Brasiliense, que com outras peças que já tinham aqui, se encaixou certinho e a gente conquistou nossos objetivos”.

Mesmo com uma passagem marcante pelo Vila Nova após deixar o Atlético em 2013, Robston sente orgulhoso da passagem pelo Atlético Goianiense e faz questão de monstrar sua gratidão nos 84 anos da fundação rubro-negra.

“Quero deixar meu parabéns pra essa grande instituição chamada Atlético Clube Goianiense, pois no cenário que se encontra hoje, fico muito feliz de ter feito parte de toda a reconstrução. Quando chegamos aqui, o CT estava todo acabado, e ver a estrutura do Atlético hoje, fico muito feliz. Sou muito grato em fazer parte da história do Atlético”, finalizou Robston, que pelo dragão, também conquistou o Goianão 2010 e 2011, além do acesso para a Série A em 2010.

Repórter Rafael Bessa relembrou momentos que marcaram a história do Atlético-GO. Neste vídeo ele traz personagens que se tornaram ídolos do torcedor rubro negro nas temporadas 1964, 1971, 1990, 2007, 2010, 2016 e 2020.