O novo mapa de calor divulgado pela Secretaria de Saúde de Goiás mostra que todas as 18 regiões do estado estão em situação de calamidade, que significa o pior nível de contaminação pela Covid-19. É a primeira vez que esse cenário é registrado desde que o mapeamento começou a ser feito em 16 de fevereiro.

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A região Nordeste II, que permanecia em estado crítico desde o início da pesquisa, está agora com a cor vermelha. Essa região que apresentou piora nos índices da pandemia abrange as seguintes cidades: Alvorada do Norte, Buritinópolis, Damianópolis, Guarani de Goiás, Iaciara, Mambaí, Nova Roma, Posse, São Domingos, Simolândia e Sítio D’Abadia.

Goiânia está na região Central, que permanece em situação de calamidade. De acordo com o mapa da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), nesta manhã de sexta, a taxa de ocupação das UTIs em hospitais públicos e privados estava em 96%. Na enfermaria o índice de ocupação é de 76%.

Indicadores:

O monitoramento leva em consideração cinco indicadores de ocupação de UTI e aceleração do contágio. São eles:

  • Incidência de solicitações de leitos de UTI ao Complexo Regulador Estadual (CRE), em 7 dias;
  • Taxa de ocupação de leitos de UTI estaduais dedicados para COVID-19, por região (ou macrorregião quando indisponível na região).
  • Velocidade de contágio no tempo (R);
  • Incidência de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), em 15 dias;
  • Variação de mortalidade por COVID-19, em 15 dias.

As recomendações aplicadas em regiões classificadas em situação crítica ou de calamidade só poderão ser modificadas se a região apresentar melhora da situação por duas semanas consecutivas, ou seja:

  • a região que na semana anterior estava com situação de “calamidade” e nesta semana
    melhorou para “crítica” ou “alerta”, precisa manter as medidas de “calamidade” por mais
    uma semana;
  • a região que na semana anterior estava como situação “crítica” e passou para “alerta”
    nesta semana, precisa manter as medidas de situação “crítica” por mais uma semana;
  • a região que piorou a situação deverá imediatamente adotar as medidas restritivas da
    situação de piora em que se encontra agora, e manter tais medidas por 14 dias.

Entenda o mapa:

ALERTA (amarelo)

Quando classificada em situação de alerta, é permitido à região o funcionamento de todas as atividades, exceto eventos com mais de 150 pessoas.

  • CRÍTICA (laranja)

No caso de situação crítica, deve-se reduzir a capacidade de atendimento em atividades de alto risco de contaminação, como bares e instituições religiosas – ambos passam a ter permissão para ocupar 30% da capacidade. Já as atividades de baixo risco, como salões de beleza, barbearias, shoppings e centros comerciais, ficam com o limite de 50% de utilização. Eventos, transporte coletivo e outros setores terão restrições específicas.

  • CALAMIDADE (vermelho)

Já para os casos de calamidade, o entendimento das autoridades em saúde é de que haja a interrupção de todas as atividades, exceto supermercados e congêneres, farmácias, postos de combustível e serviços de urgência e emergência em saúde. A nota técnica define ainda que, caso seja observado piora nos indicadores, cada região manterá as medidas restritivas respectivas a cada situação por pelo menos 14 dias. As ações de controle de contágio serão avaliadas pela Secretaria de Saúde semanalmente.