(Foto: Solimar Oliveira)

Jogadores do Atlético e do Vila Nova, além de integrantes das comissões técnicas, deixaram a Central de Flagrantes da Polícia Civil apenas na madrugada desta segunda-feira (8). No local, foram realizados os depoimentos dos envolvidos na pancadaria que aconteceu no estádio Antônio Accioly, após a vitória do Atlético por 1 a 0, que determinou a classificação do time rubro-negro para a final do Goianão. Após ter ouvido as duas partes, os envolvidos foram liberados e uma audiência foi marcada para o mês de agosto, quando um processo pode ser instaurado.

No lado colorado, prestaram depoimento: Renan Lima, preparador físico, goleiro Rafael Santos, zagueiro Patrick e ainda o atacante Keké. O advogado do Vila Nova, Ricardo Bessa, acompanhou os envolvidos, além de três dirigentes, como o presidente Ecival Martins, o diretor de futebol Sidiclei Menezes e o diretor de comunicação e marketing Evandro Júnior.

Pelo lado do Atlético, os depoimentos foram do supervisor Júnior Mortosa, segurança Marcelão, assessor de imprensa Léo Roque, e ainda o fotógrafo Paulo Marcos, que também trabalha como mascote do clube, e que antes havia sido encaminhado para um hospital com uma luxação na perna, após ser atingido com um chute dado por Renan Lima, preparador físico do Vila. O advogado do clube, Paulo Henrique Pinheiro, acompanhou todo o trabalho na delegacia.

“Todas as partes foram ouvidas e já foi marcada uma audiência preliminar para o mês de agosto para apurar a responsabilidade criminal de cada um neste evento”, explicou Paulo Henrique pinheiro, que também revelou um pedido feito pelo presidente do Vila Nova Ecival Martins, que não gostaria que toda confusão acabasse na delegacia, o que não foi atendido pelo Atlético.

“O futebol precisa de transparência e isso o que acontecem, maculam a imagem do futebol. Já passou dessa época de agressão e depois tentar resolver no velho jeitinho brasileiro. As pessoas devem ser responsabilizadas pelos atos que praticam”, completou.

Ecival Martins, presidente executivo do Vila Nova, confirmou que tentou junto ao advogado do Atlético, que não fossem tomados os depoimentos na Polícia Civil.

“Tentei sim, mas o pessoal não aceitou. Vou falar, com todo respeito ao Atlético e seu presidente, que citou o Vila Nova no último jogo, quando eu nem tinha citado o nome dele, que ali no Accioly não ganharíamos no grito, o Vila Nova foi para jogar futebol. O Atlético conseguiu a classificação e eles teriam que ter tido cabeça fria, para tirar seu jogadores da briga e ainda uma série de pessoas que estavam no gramado, e que ali não poderiam estar. Isso comprova que a confusão não foi só culpa do Vila Nova”, disse Ecival.

Paulo Henrique Pinheiro ainda deu detalhes sobre os integrantes do Atlético que tiveram que passar por exame de corpo de delito por causa das agressões.

“O Paulo Marcos teve uma lesão séria no joelho e o Marcelão levou um soco no rosto do goleiro do Vila, além de um chute na costela que foi detectado no exame, desferido pelo atacante Keké e ainda o Mortosa e o Léo Roque, que também foram agredidos por esse Keké”, detalhou.

Ricardo Bessa, advogado do Vila Nova, falou em nome do clube sobre o procedimento realizado na Central de Flagrantes. O advogado citou que representantes do Vila Nova também foram agredidos e passaram por exame de corpo de delito, mas não deu mais detalhes.

“O pessoal do Vila Nova foi ouvido, não necessariamente porque foram os autores da confusão, mas sim para apurar tudo o que aconteceu. Aqui é um procedimento para que possa ser instaurado um processo. Aqui, o pessoal do Vila não entrou com nenhuma representação contra o Atlético, que preferiu entrar com uma medida de crime de rixa e lesão corporal contra alguns, mas nós temos até amanhã para analisar com mais frieza se vamos representar contra alguém do Atlético”, esclareceu o advogado.

Medidas

Evical Martins não descartou que pode punir representantes do Vila Nova por causa da briga no estádio Antônio Accioly.

“Ainda não vi as imagens para saber como transcorreu tudo. Nós prezamos muito pela disciplina e vamos avaliar tudo. Se partiu da nossa parte, vamos chamar um por um, porque não queremos isso”, finalizou.